Hoje na Economia – 15/10/2020

Hoje na Economia – 15/10/2020

Principais bolsas de ações internacionais operam em queda nesta manhã de quinta-feira, com falta de avanço no pacote fiscal americano, medidas de restrição à mobilidade nas principais capitais europeias para conter o avanço de Covid-19 e possibilidade de saída sem acordo do Reino Unido da União Europeia piorando o humor de investidores.

Os mercados acionários da Ásia fecharam em baixa. Houve queda de -1,1% no índice regional MSCI Asia Pacific, com recuos de -0,51% no índice Nikkei225 de Tóquio, -2,06% no Hang Seng de Hong Kong, -0,81% no KOSPI de Seul e -0,26% na bolsa de Xangai na China. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,11%, cotado a ¥/US$ 105,29. Os dados de inflação na China vieram abaixo do esperado, com a inflação ao consumidor em 1,7% A/A (contra expectativa de 1,9% A/A) e ao produtor de -2,1% A/A (contra expectativa de -1,8% A/A).

Na Europa as bolsas caem consideravelmente. Há recuos de -2,10% no índice pan-europeu STOXX600, -2,25% no FTSE100 de Londres, -2,19% no CAC40 de Paris e -2,81% no DAX de Frankfurt. O euro está desvalorizando -0,33% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,1707, enquanto a libra está perdendo -0,42% de valor contra a moeda americana, cotada a US$/£ 1,2956. O primeiro ministro britânico Boris Johnson deve decidir sobre se o Reino Unido deve sair sem ou com acordo da União Europeia nessa semana.

Nos EUA, os índices futuros de ações operam em queda, de -0,97% no caso do Dow Jones, -1,08% no S&P50 e -1,61% no NASDAQ. O dólar está ganhando valor contra basicamente todas as moedas do mundo, com o cenário de aversão ao risco, com o índice DXY subindo 0,35%. Os juros futuros estão caindo, com o yield da Treasury de 10 anos recuando 2 pb, para 0,70% a.a.. Hoje sairão diversos dados econômicos nos EUA, com destaque para os índices de atividade dos Feds regionais de Nova York e de Filadélfia, que devem ter recuado em relação ao mês passado. Os pedidos semanais de seguro desemprego devem ter caído, mas bem pouco (de 840 mil para 825 mil).

Os preços de commodities operam em sua maioria em queda pela manhã. O índice geral da Bloomberg cai -0,44%, influenciado em especial pela queda no preço do petróleo. O barril tipo WTI é negociado a US$ 40,04, um recuo de -2,44%. Há quedas também nos preços de minério de ferro (-1,80%), níquel (-0,82%), prata (-1,95%) e ouro (-0,45%), mas alta em algumas commodities agrícolas, como o trigo (+0,67%).

No Brasil, hoje o Banco Central divulga o IBC-Br de agosto, com a mediana de projeções indicando alta de 1,7% M/M. Uma operação da polícia federal encontrou muito dinheiro em espécie escondido na casa de um vice-líder do governo no Senado, que deve ser afastado. O ambiente global avesso ao risco e a falta de avanços nas reformas estruturais deve fazer os preços de ativos brasileiros interromperem a recuperação dos últimos dias, com o fim da contabilização da melhora no mercado de juros futuros por causa das medidas feitas pelo BC e Tesouro na sexta-feira. O real deve se depreciar diante do dólar, os juros futuros devem subir e a bolsa brasileira deve cair.

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