Hoje na Economia 15/12/2016

Hoje na Economia 15/12/2016

Edição 1665

15/12/2016

Mercados reagem à decisão do Fed, que ontem elevou a taxa de juros como era esperado, mas deixou uma mensagem mais "hawkish" ao prever três aumentos de juros nos EUA em 2017.

O dólar é o maior beneficiário, se valorizando frente às moedas dos avançados e dos emergentes (exceção de Austrália e Nova Zelândia), notadamente frente ao iene e euro.

A moeda japonesa atingiu o menor nível ante o dólar desde fevereiro, ao longo da sessão asiática. No momento, a cotação encontra-se em 117,73 ienes por dólar, contra 117,30 ienes de ontem à tarde. Apesar do enfraquecimento do iene, a bolsa de Tóquio fechou em leve alta (Nikkei +0,10%), com os ganhos sendo contidos pelas preocupações com o futuro ritmo de avanço dos juros nos EUA. Na China, mercados fecharam no vermelho. O índice Composto de Xangai apurou queda de 0,73%; em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,77%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific teve desvalorização de 1,7%, no pregão de hoje.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em alta de 0,22%, nesta manhã, refletindo os avanços na França (CAC40 +0,69%) e Alemanha (DAX +0,53%). Em Londres, o índice FTSE100 tem desvalorização de 0,15%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,0494, contra US$ 1,0513 de ontem à tarde.

O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,595% ao ano, subindo 0,87%. O índice DXY subiu para 102,38 pontos (+0,61% no momento), refletindo a expectativa de um dólar globalmente valorizado, após a sinalização de uma política monetária mais apertada nos EUA. O índice futuro de ações do S&P 500 encontra-se estável, neste momento. Na agenda, entre os indicadores econômicos que serão conhecidos no dia de hoje, destaque para a inflação ao consumidor de novembro, que deverá acumular alta de 1,7% para o índice cheio e 2,2% para o núcleo, na comparação anual, segundo as projeções do mercado.

As cotações do petróleo operam sem direção única, após apresentarem fortes quedas na sessão de ontem. Os preços permanecem pressionados por conta da elevação dos juros nos EUA e a consequente valorização da moeda americana. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 51,26/barril (+0,26%), com ligeira reação ante as quedas acentuadas observadas na sessão asiática.

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação do índice de atividade econômica do Banco Central (IBC-Br) de outubro, que deverá mostrar queda de 0,60% MoM e -5,50% YoY, segundo o consenso do mercado. Esse dado deve reforçar o cenário de queda adicional do PIB no último trimestre do ano, mostrando que a economia ainda não atingiu o fundo do poço. Cientes dessa realidade, o governo Temer deverá anunciar (às 9hs), em conjunto com o ministro Meirelles, um pacote de medidas para estimular a economia. Os mercados, provavelmente, vão dar pouca atenção ao pacote, mais preocupados com a trajetória de alta dos juros americanos ao longo do próximo ano.

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