Hoje na Economia – 15/12/2020

Hoje na Economia – 15/12/2020

Mercados iniciam o dia com um tom mais otimista, após as quedas verificadas ontem. Ainda há incertezas em relação ao andamento do pacote fiscal nos EUA e o número de casos e óbitos causados pelo novo coronavírus segue aumentando, com muitos países e estados americanos impondo novas medidas de restrição de mobilidade, porém também há otimismo com início da vacinação dos EUA e vitória formal de Joe Biden no colégio eleitoral americano, além de dados econômicos bons.

Na Ásia, as principais bolsas fecharam em queda. O índice regional MSCI ASIa Pacific teve recuo de -0,4%, com quedas de -0,17% no Nikkei225 de Tóquio, -0,19% no KOSPI de Seul, -0,86% no Hang Seng de Hong Kong e -0,06% na bolsa de Xangai. O iene está se valorizando ligeiramente diante do dólar, +0,01%, cotado a ¥/US$ 104,04. Na China, dados sobre atividade econômica vieram em linha com as expectativas, com avanço de 7,0% A/A na produção industrial, 5,0% A/A nas vendas no varejo e 2,6% A/A nos investimentos. O Banco do Povo da China manteve a política monetária expansionista mesmo com esse avanço na atividade, injetando liquidez no sistema financeiro do país. A queda nas ações chinesas mesmo com esses dados bons de atividade decorreu de receio de regulação sobre empresas de tecnologia.

Na Europa a maior parte das bolsas opera em alta. Há avanços de 0,11% no índice pan-europeu STOXX600, 0,09% no FTSE100 de Londres, 0,44% no CAC40 de Paris e 0,68% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando 0,13% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,2159. A taxa de desemprego no Reino Unido subiu menos que o esperado de 4,8% para 4,9%, com menor queda no número de empregos (-143 mil contra mediana de expectativas de -250 mil).

Nos EUA os índices futuros operam em alta. Há ganhos de 0,40% no NASDAQ, 0,54% no DOW Jones e 0,58% no S&P500. O dólar está perdendo valor contra as principais moedas do mundo, com o índice DXY recuando -0,08%. Muitos países emergentes têm alta mais robustas contra o dólar (+0,54% no caso do peso mexicano e 0,52% no rand sul-africano). Os juros futuros estão em ligeira alta, com o yield da Treasury de 10 anos avançando 1 pb, para 0,90% a.a.. A produção industrial de novembro será divulgada hoje, com expectativa de desaceleração de 1,0% M/M para 0,3% M/M. O índice de atividade do Fed de Nova York referente a dezembro também deve desacelerar, passando de 6,3 para 6,2.

Os preços de commodities operam em sua maioria em alta no momento. O índice geral da Bloomberg sobe 0,20%, graças aos avanços de 0,28% no petróleo tipo WTI (cotado a US$ 47,14/barril), 0,55% no níquel, 0,92% no ouro e 0,50% no trigo. Ainda há quedas em outros preços, com destaque para outros agrícolas (-0,53% milho, -0,47% soja) e minério de ferro (-0,05%).

No mercado brasileiro, hoje o Banco Central deve divulgar a ata da reunião do Copom, que adotou um tom mais hawkish na semana passada. O IGP-10 de dezembro veio em linha com expectativas, desacelerando em relação ao mês passado (1,97% M/M contra 3,51% M/M). O Congresso deve se reunir hoje, votando questões microeconômicas menos polêmicas. A votação da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) deve ocorrer amanhã. A bolsa brasileira deve subir hoje, ajudada pelo ambiente global e pela alta de commodities. O real deve se valorizar pelos mesmos motivos. Os juros futuros, por sua vez, devem responder à ata do Copom, podendo ocorrer alta nos vencimentos mais curtos e queda nos mais longos. Eventuais problemas com votações no Congresso ou indícios de que medidas populistas com gastos possam passar podem fazer os preços de ativos brasileiros caírem.

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