Hoje na Economia 16/01/2013

Hoje na Economia 16/01/2013

Edição 709

16/01/2013

A maioria dos mercados internacionais opera em queda nesta manhã, delineando-se mais um dia de forte aversão ao risco. Predominam motivações locais em meio a preocupações com a polêmica sobre a elevação do teto da dívida norte-americana.

Na Europa, dirigentes da zona do euro começam a ficar preocupados com o movimento de valorização da moeda comum, observado nas últimas semanas. Essa tendência tende a sufocar o setor externo europeu, um dos poucos setores que ainda respira na combalida economia europeia. O euro é negociado a US$ 1,3273/€ (-0,25% no momento), após ter superado 1,33 US$/€ no intraday. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 opera com queda de 0,25% nesta manhã. Demais mercados também operam no vermelho: Londres -0,48%; Paris – 0,31% e Frankfurt -0,25%.

Os índices futuros das principais bolsas dos EUA também operam em baixa, com investidores preocupados com a evolução das negociações em torno da elevação do teto da dívida pública americana e pelas divergências mostradas pelos integrantes do Fed em torno da manutenção do programa de compra de ativos (QE). Os futuros do S&P e D&J registram recuos de 0,29% e 0,27%, respectivamente, no momento. Na agenda, destaque para a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) de dezembro, que deverá fechar 2012 com inflação de 1,8% para o índice cheio e 1,9% para o seu núcleo, segundo o consenso do mercado.

No Japão, o índice Nikkei fechou em queda de 2,56%, a maior queda diária desde maio de 2012. Esse mau desempenho foi decorrente de movimento natural de realização de lucros, agravado à medida que o iene sustentava a apreciação observada desde ontem. Na China, a bolsa de Xangai perdeu 0,70% no dia de hoje, com investidores cautelosos ante a possível elevação dos impostos sobre construtoras e imobiliárias. Em Hong Kong, bolsa local fechou com ligeira queda (-0,10%).

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI devolve parte dos ganhos recentes, voltando a ser negociado a US$ 93,17/barril (-0,12%), enquanto as commodities em geral operam no vermelho, com destaque para metais que recuam 0,34%, nesta manhã. No mercado doméstico, destaque para o final da reunião do Copom, que deverá anunciar a manutenção da taxa Selic em 7,25%, como espera a maioria esmagadora do mercado. A renda fixa será ainda agitada pela divulgação do índice de atividade econômica calculado pelo BC (IBC-BR), que deve ter subido 0,20% MoM em novembro, delineando um cenário de fraca atividade no último trimestre de 2012. A Bovespa, sem um drive interno definido, deverá seguir os passos dos demais mercados neste dia em que prevalece a aversão ao risco. Razão pela qual se espera também por um real pressionado, mas que sob a vigilância do BC deve permanecer flutuando entre R$ 2,03-2,04/US$.

Superintendência de Economia
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