Hoje na Economia 16/01/2015

Edição 1197

16/01/2015

Mercados ainda repercutem a decisão do Banco Central da Suíça (SNB) de abandonar o piso de 1,20 franco suíço por euro. A decisão abalou um dos "portos seguros" mais confiáveis do mundo, deflagrando forte corrida por busca de proteção em outros ativos.

As bolsas europeias abriram em queda. O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra recuo de 0,28%, no momento. Nos demais mercados, observa-se estabilidade em Londres e Paris e queda de 0,32% em Frankfurt. A decisão do SNB reforçou a percepção de que o QE europeu está muito próximo, o que deve manter a moeda comum europeia sob pressão nestes dias que antecedem a reunião de política monetária do BCE, marcada para o próximo dia 22. O euro é negociado a US$ 1,1629, nesta manhã, contra US$ 1,1632 no final do pregão de ontem.

Nos Estados Unidos, os mercados futuros de ações operam em queda, sinalizando para mais um dia de perdas para as principais bolsas de ações. O futuro do S&P recua 0,58%, no momento, enquanto do D&J perde 0,55%. Acompanhando a queda observada nos yields pagos pelos bonds de 10 anos alemães, franceses, ingleses e japoneses, o T-Bond americano paga 1,724% ao ano, nesta manhã, caindo pelo quinto dia seguido. O dólar perde frente às principais moedas (dólar índex: -0,17%). Na agenda, será conhecida a inflação ao consumidor (CPI), que deve ter mostrado alta anual de 1,7% em dezembro, segundo as projeções do mercado, ao mesmo tempo em que a produção industrial deve ter recuado 0,1% na comparação com novembro.

Na Ásia, mercados fecharam em queda, refletindo o mau desempenho da bolsa japonesa, em decorrência da valorização do iene que se seguiu a decisão do banco suíço. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou queda de 0,10%, no pregão de hoje. Em Tókio, o índice Nikkei contabilizou perda de 1,43%, acumulando queda de 1,9% na semana e 3,4% no ano. A moeda americana chegou a cair para 115,85 ienes no início do pregão, contribuindo para o mau humor dos investidores japoneses. No momento, o dólar é negociado a 116,37 ienes. Na China, a bolsa de Xangai fechou com alta de 1,20%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng perdeu 1,02%.

No mercado de petróleo, o valor do produto tipo WTI mostra ligeira recuperação frente às quedas recentes. É negociado a US$ 47,05/barril, com alta de 1,73%, nesta manhã. Demais commodities também operam em alta, com exceção de metais preciosos, que registram queda de 0,53%, por conta da desvalorização do ouro.

Mercados brasileiros devem ficar reféns do mercado externo, ante uma agenda doméstica esvaziada. Assim, a Bovespa deverá seguir os passos ditados pelas principais bolsas americanas, bem como pela evolução dos preços do petróleo, onde a divulgação do relatório da AIE, nesta manhã, poderá influenciar os rumos para os preços da commodity. O mercado de juros futuros e o de câmbio acompanharão os dados internacionais na definição de um direcional, principalmente os relativos à inflação e produção industrial que serão divulgados nos EUA, nesta manhã.