HOje na economia – 16/02/2022

HOje na economia – 16/02/2022

As bolsas sobem na Europa e em Nova York, nesta quarta-feira, por conta do alívio nas tensões entre Rússia e Ucrânia, após o governo russo iniciar a retirada de parte de suas tropas, apostando numa solução diplomática. Os investidores continuarão de olho no cenário geopolítico, mas acompanharão a divulgação de dados econômicos na Europa e nos EUA, bem como a ata da última reunião de política monetária do Fed.

Na Ásia, as bolsas fecharam exibindo altas expressivas, procurando reduzir as perdas acumuladas nos últimos três pregões. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou ganho de 1,3% nesta quarta-feira, após acumular perdas de mais de 2% nos últimos três dias. A bolsa japonesa foi o destaque de alta na Ásia, com o índice Nikkei subindo 2,22% em Tóquio. O sul-coreano Kospi registrou ganho de 1,99% em Seul, enquanto o Hang Seng subiu 1,49% em Hong Kong. Em Taiwan, o Taiex avançou 1,4%. Na China, os indicadores de preços de janeiro mostraram desaceleração da inflação tanto ao nível do consumidor como do produtor, favorecendo a continuidade da política de estímulos monetários para dar suporte à atividade econômica. O índice Xangai Composto valorizou 0,57%.

As bolsas europeias acompanharam os mercados asiáticos, iniciando o dia operando com altas firmes, de olho no cenário geopolítico na Europa Oriental, enquanto esperam pela divulgação da produção industrial da zona do euro de dezembro, que deve mostrar alta de 0,3% após avanço de 2,3% em novembro. Balanços corporativos (Heineken e Kerry Group) e a ata do Fed também estão na mira dos investidores europeus. A inflação ao consumidor do Reino Unido subiu 5,5% em janeiro ante igual mês do ano passado, subindo em relação a dezembro (5,4%) e registrando o maior nível desde 1992. Esse dado exacerba temores quanto a um forte aperto monetário por parte do Banco da Inglaterra (BoE) que já elevou os juros de 0,10% em novembro para 0,50% em janeiro. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,36%. Em Londres, o FTSE100 tem alta marginal de 0,08%; em Paris, o CAC40 avança 0,34%; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,36%.

No mercado americano, os futuros das bolsas de Nova York se firmaram no campo positivo após operar no vermelho ao longo do overnight, mostrando elevada volatilidade. O futuro do Dow Jones exibe alta de 0,24%, no momento, enquanto o S&P 500 tem alta marginal de 0,09% e o futuro do Nasdaq sobe 0,17%. Os investidores continuam avaliando os riscos de uma escalada no conflito na Europa Oriental, mesmo diante de sinais apaziguadores por parte do governo russo, como também as possibilidades de aperto monetário nos EUA e Reino Unido, onde a inflação tem batido recordes. Após as fortes vendas de títulos nos últimos dias, os rendimentos dos treasuries mostram-se estáveis. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 2,04% ao ano, nesta manhã. O dólar segue perdendo frente às principais moedas, ampliando as perdas após o alívio das tensões entre Rússia e Ucrânia. O índice DXY do dólar situa-se em 95,84 pontos, recuando 0,15%, nesta manhã. Na agenda, serão divulgados os dados sobre produção industrial e vendas no varejo, de janeiro, enquanto o Fed divulga a ata da última reunião de política monetária, ocorrida em janeiro.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta. O petróleo WTI é negociado a US$ 93,01/barril, com alta de 1,03%.

Diante de uma agenda doméstica esvaziada, os investidores ficarão atentos aos dados econômicos americanos e a ata do Fed, que pode trazer maiores indicações sobre o ritmo de aperto monetário como também quanto ao momento em que se iniciará a redução do seu balanço. Com alívio das tensões geopolíticas na Europa Oriental, o Ibovespa deve acompanhar o bom humor externo e abrir em alta. O real deve manter os ganhos recentes diante da moeda americana, enquanto os juros futuros devem oscilar entre margens estreitas, mantendo viés de baixa.

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