Hoje na Economia 16/03/2018

Hoje na Economia 16/03/2018

Edição 1972

16/03/2018

O mau humor toma conta dos mercados, nesta sexta-feira. O apetite ao risco é limitado por preocupações com o cenário político nos EUA, marcado por forte instabilidade na equipe de assessores do presidente Donald Trump, além de temores quanto ao recrudescimento do protecionismo.

As bolsas asiáticas fecharam em baixa, interrompendo uma semana operando no azul. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific terminou o dia com queda de 0,10%. As demissões decididas por Trump em seu gabinete, com destaque para a demissão do Secretário de Estado, Rex Tillerson, anunciada ontem, e agora a saída do seu conselheiro de Segurança Nacional, Raymond MacMaster, colocaram os investidores asiáticos na defensiva. O iene japonês subiu 0,60%, para 105,71 por dólar, levando o índice de ações Nikkei a encerrar o pregão com baixa de 0,58%. Na China, o índice Xangai Composto teve queda de 0,65%; em Hong Kong, o Hang Seng teve leve queda de 0,12%. O sul-coreano Kospi subiu 0,06%; o Taiex de Taiwan registrou alta de 0,08%.

Os mercados acionários europeu acompanham os pálidos resultados das bolsas asiáticas. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, opera com discreta alta (+0,05%), no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,19%, tendência também observada na bolsa de Frankfurt, onde o DAX sobe 0,39%. Em Paris, o CAC40 opera com ligeira queda (-0,06%). O euro troca de mãos a US$ 1,2334 de US$ 1,2308 do fim da tarde de ontem. A inflação, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI) da zona do euro, subiu 1,1% na comparação anual de fevereiro, perdendo força em relação ao aumento de 1,3% verificado em janeiro.

Nos EUA, o comportamento discreto dos principais índices futuros de ações indica que o mercado acionário americano também deve operar com pouco brilho nesta sexta-feira. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,04% nesta manhã; o S&P 500 também opera em alta moderada (+0,05%); o Nasdaq sobe apenas 0,04%. O juro do T-Bond de 10 anos recuou para 2,813%, contra 2,823% no final da tarde de ontem. O dólar não mostra tendência clara diante das moedas dos principais parceiros dos EUA, mas a alta expressiva do iene japonês leva o índice DXY a registrar queda de 0,24%, nesta manhã. Na agenda econômica, destaque para a divulgação da produção industrial americana do mês de fevereiro, que deve ter subido 0,4% M/M, recuperando-se da queda de 0,1% (M/M) no mês anterior, segundo as projeções do mercado.

Os contratos futuros de petróleo operam com alta marginal. Mantém o desempenho positivo do dia anterior, quando a Agência Internacional de Energia (AIE), em relatório divulgado ontem, elevou a sua projeção para crescimento da demanda global por petróleo, o que pode compensar a expansão da produção nos EUA, mantendo o equilíbrio no mercado. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 61,34/barril, com alta de 0,25%.

Os mercados brasileiros deverão acusar os efeitos negativos decorrentes das turbulências políticas nos EUA, bem como reagirem à divulgação dos dados de atividade econômica, que podem influenciar o curso da política monetária americana, praticamente às vésperas de mais uma reunião do Fomc, prevista para a semana que vem.

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