Hoje na Economia 16/05/2014

Hoje na Economia 16/05/2014

Edição 1030

16/05/2014

Mercados abriram em baixa, nesta manhã, com os investidores ainda digerindo as indicações desencontradas dadas pela economia americana ao longo da semana. A percepção de que a recuperação da economia americana ainda é frágil favorece a busca pelas treasuries, dando o tom dos negócios no mundo. Pesam também as preocupações com o agravamento das tensões na Ucrânia.

Na Ásia, o índice MSCI Asia Pacific perdeu 0,6%, seguindo em parte as quedas observadas nas bolsas americanas ontem, bem como a evolução da crise no leste europeu. Nesse quadro, o iene foi visto, mais uma vez, como porto seguro. A moeda nipônica voltou a se valorizar frente ao dólar e ao euro, determinando a baixa das ações das exportadoras, contribuindo para aumentar o pessimismo entre os investidores japoneses. O índice Nikkei fechou com queda 1,41%, acumulando recuo de 0,7% na semana. O dólar é negociado a 101,42 ienes no momento, contra 101,56 ienes de ontem à noite. Na China, tanto a bolsa de Xangai como a de Hong Kong fecharam em torno da estabilidade.

Os índices futuros das principais bolsas norte-americanas registram leves perdas, nesta manhã: S&P -0,13% e D&J -0,14%. O juro pago pela Treasury de 10 anos permanece em queda, situando-se em 2,49% ao ano, no momento, decorrente de movimentos de aversão ao risco e expectativa de longa vida para a política monetária expansionista americana. O dólar permanece relativamente estável frente às principais moedas: dólar index +0,06%. Serão conhecidos hoje as vendas de casa novas, que segundo as projeções devem ter subido 3,6% na comparação de abril ante fevereiro. A Universidade de Michigan divulga o índice preliminar da confiança do consumidor, que deve subir de 84,1 em abril para 84,5 em maio.

Bolsas europeias acompanham o mau humor que contamina todos os mercados. O índice de ações pan-europeu, STOXX600, mostra recuo de 0,33%, no momento. O índice FTSE100 de Londres perde 0,23%; o CAC40 de Paris -0,23% e o DAX30 de Frankfurt perde 0,46%. O euro troca de mãos a US$ 1,3696, contra US$ 1,3712 de ontem à tarde.

Os preços dos contratos futuros de petróleo operam em alta pela quarta sessão consecutiva, se aproximando de atingir o maior nível em três semanas. A instabilidade política na Ucrânia continua contribuindo para alta da commodity. O barril do petróleo WTI é cotado a US$101,58, com alta de 0,23% no momento. Demais commodities também operam em alta, com destaque para metais que sobem 0,33%.

No mercado doméstico, a agenda traz o indicador de atividade mensal (IBC-Br), calculado pelo Banco Central, que deve ter recuado 0,10% em março (MoM), segundo o consenso. O indicador reflete os fracos resultados da atividade industrial e vendas do comércio no período, reforçando apostas na manutenção da Selic em 11% no Copom do final do mês. A Bovespa deve ficar mais volátil, uma vez que os investidores têm hoje a última chance de zerar posições para o exercício de opções na segunda-feira.

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