Hoje na Economia – 16/05/2022

Hoje na Economia – 16/05/2022

As principais bolsas internacionais operam com claro viés de baixa, nesta manhã de segunda-feira. Os fracos dados econômicos divulgados na China reforçaram as preocupações com o enfraquecimento da economia global. A produção industrial chinesa caiu 7,0% em abril se comparada a março e -2,9% em relação a igual mês do ano passado. Na mesma base de comparação, as vendas do comércio recuaram 9,9% no mês e 11,1% anuais. Esses números refletem os efeitos da política de tolerância zero no combate ao Covid-19.

Os fracos resultados apresentados pela economia chinesa e a decisão do banco central chinês (PBoC) de deixar inalteradas algumas de suas principais taxas de juros pesaram sobre o sentimento dos investidores na Ásia. As bolsas da região fecharam sem direção única. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta modesta de 0,10%. Em Xangai, o governo local anunciou o relaxamento das restrições contra a covid-19, com a reabertura de restaurantes, centros comerciais e supermercados, ainda que de forma limitada. O índice Xangai Composto recuou 0,34% na sessão de hoje. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi teve queda de 0,29% em Seul, enquanto o japonês Nikkei subiu 0,45% em Tóquio; o Hang Seng avançou 0,26% em Hong Kong e o Taiex registrou ganho de 0,43% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas oscilam entre altos e baixos, sem definir uma tendência clara, por conta dos fracos resultados econômicos apresentados pela China. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe queda de 0,13%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,11%; mas em Paris e Frankfurt, o CAC40 recua 0,38% e o DAX perde 0,36%, respectivamente. Nos próximos dias, serão conhecidas novas projeções sobre crescimento e inflação para a zona do euro.

No mercado de Treasuries, o rendimento pago pelo T-Bond de 10 anos permanece estável, flutuando em torno de 2,92% ao ano. Investidores ponderam se as preocupações com eventual desaceleração mais forte da atividade econômica ajudarão a interromper o movimento de venda no mercado de bonds, que vem sendo estimulado pela inflação elevada e expectativa de forte aperto monetário. No mercado de moedas, o índice DXY do dólar exibe modesto recuo nesta manhã (-0,07%), situando-se me 104,5 pontos, mas o dólar avança a 129,36 ienes; o euro sobe a US$ 1,0415/€ e a libra recua a US$ 1,2233/£. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, o que deve interromper a recuperação esboçada no pregão de sexta-feira. O índice futuro do Dow Jones cai 0,14% no momento; S&P 500 cai 0,32% e o Nasdaq tem queda de 0,59%. Na agenda de hoje, será divulgado o índice de atividade industrial Empire State de maio e o presidente do Fed de Nova York participa de evento, onde deverá tecer comentários sobre o curso da política monetária.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa por conta dos indicadores econômicos fracos divulgados na China, que reacendem as preocupações com a demanda futura pela commodity. Neste momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI para junho é negociado a US$ 109,94/barril, com queda de 0,49%.

O mercado financeiro doméstico deverá operar refletindo os efeitos da desaceleração da economia chinesa e a fraqueza das commodities, mas também de olho nas discussões sobre a política de reajuste dos combustíveis pela Petrobras, agora com o ministério de Minas e Energia sob o comando de Adolfo Sachsida. O Ibovespa deve abrir em queda, mas sem convicção, enquanto o dólar pode subir, levando junto os juros futuros.

Topo