Hoje na Economia – 16/05/2023

Hoje na Economia – 16/05/2023

Economia Internacional

Nos EUA, o Empire Manufacturing, índice de atividade do Fed de NY, caiu de 10,8 para -31,8 na pesquisa realizada para o mês de maio, ante -3,9 esperado pelo mercado. A forte surpresa baixista teve contribuições das quedas em novas encomendas e em embarques, que recuaram 53,1 e 40,3 pontos, respectivamente.

Na China, a bateria de dados de atividade referentes ao mês de abril, que foi divulgada nesta madrugada, surpreendeu negativamente as expectativas de mercado. A produção industrial registrou expansão de 5,6% A/A, inferior à esperada pela mediana das projeções dos analistas (10,9% A/A). As vendas no varejo também vieram abaixo do esperado (18,4% A/A contra 21,9% A/A), assim como os investimentos em ativos fixos (4,7% A/A YTD contra 5,7% A/A YTD). Os investimentos imobiliários seguiram em contração na margem, com queda superior à esperada em abril (-6,2% A/A YTD ante -5,7% A/A YTD). A taxa de desemprego caiu ligeiramente, de 5,3% para 5,2%.

Na Zona do Euro, o PIB do 1° trimestre não sofreu revisões relevantes, mantendo-se em linha com o esperado (0,1% T/T). O índice Zew de sentimento econômico referente a maio perdeu tração nos componentes de expectativas tanto na Zona do Euro quanto na Alemanha, refletindo a percepção de menor otimismo com o crescimento europeu ante o ciclo de aperto monetário do ECB.

Hoje a agenda global deve ser movimentada, contando com a divulgação das vendas no varejo e da produção industrial referentes a abril e do índice NAHB de confiança do construtor de maio, nos EUA. Membros do Fed, como Williams, Goolsbee, Barr, Logan e Bostic, do Fed, devem discursar ao longo do dia. Lagarde, do ECB, também está agendada para discursar. Os mercados também acompanham o encontro entre o presidente Joe Biden e líderes do congresso americano para tratar do teto da dívida.

Economia Nacional

O volume de serviços avançou 0,9% M/M em março, acima do esperado pelo consenso de mercado (0,5% M/M) e do dado anterior, que foi revisado de 1,1% M/M para 0,7% M/M. Positivamente, destacaram-se no dado de março os serviços de transporte, que subiram 3,6% M/M, e os serviços profissionais, administrativos e complementares, que tiveram alta de 2,6% M/M. Por outro lado, os serviços prestados às famílias mantiveram o desempenho negativo, variando -1,7% M/M. Na comparação interanual, o setor de serviços acumulou alta de 6,3%.

Com o restante da agenda de dados esvaziada, hoje os mercados seguem repercutindo a apresentação do parecer do projeto de lei do novo arcabouço fiscal pelo relator Dep. Claudio Cajado (PP), que, no todo, trouxe mecanismos de punição ao descumprimento das metas fiscais mais fortalecidos e foi lido com tom ligeiramente positivo pelos economistas. No entanto, o desafio fiscal de viabilização de novas fontes de receitas permanece.

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