Hoje na Economia 16/06/2015

Hoje na Economia 16/06/2015

Edição 1296

16/06/2015

Mercados operam majoritariamente no vermelho, nesta manhã. Investidores evitam maior exposição ao risco, preferindo aguardar o desfecho da reunião de política monetária do Fed (Fomc) que termina amanhã, que pode trazer sinais sobre o momento do início da alta dos juros. Ademais, o caso grego se agrava, diante do imobilismo do governo da Grécia em formular novas propostas que possam destravar as negociações.

O índice STOXX600 recua 0,62% no momento, recuando para o menor patamar desde fevereiro. Em Londres, o FTSE100 perde 0,54%; em Paris o CAC40 recua 0,91% e o DAX de Frankfurt opera com queda de 1,11%. O euro cai para a mínima do dia (US$ 1,1247) refletindo a fraca leitura do dado da confiança da Alemanha. O índice Zew de expectativas econômicas caiu para 31,5 em junho, ante 41,9 de maio.

Nos Estados Unidos, o futuro do índice S&P500 perde 0,52% no momento, sugerindo que o índice irá fechar o dia em queda pela terceira sessão consecutiva. O dólar ganha força frente às demais moedas (dólar índex: +0,29%) refletindo a busca por porto seguro. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua para 2,313%, caindo 1,83%.

Na Ásia, bolsas fecham em queda. Predominaram receios quanto ao impasse nas negociações com a Grécia e a expectativa gerada em torno da reunião do Fomc, quanto ao ciclo de elevação dos juros nos EUA. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com perda de 0,7%. No Japão, o índice Nikkei perdeu 0,64%, em meio a baixo volume de negociações. No mercado de câmbio, o dólar voltou a se valorizar frente ao iene, após o presidente do Banco do Japão ter afirmado que não teve intenção de avaliar a taxa de câmbio ou projetar a direção futura do iene, em sua declaração na semana passada, quando comentou a movimento recente da divisa. Nesta manhã, o dólar é cotado 123,51 ienes, contra 123,30 ienes de ontem à tarde. Na China, a percepção de que o valor das ações não encontra respaldo nos lucros projetados levou a forte movimento de venda, determinando queda de 3,47% para o índice Composto de Xangai e recuo de 1,10% para o Hang Seng de Hong Kong.

No mercado de petróleo o produto tipo WTI é cotado a US$ 59,72/barril, com valorização de 0,37%, no momento. Demais commodities operam no vermelho, com exceção das agrícolas que se valorizam 0,52%, nesta manhã.

A Bovespa, à semelhança de seus pares internacionais, deve se manter na defesa, operando de olho nas negociações que envolvem a Grécia e à espera da reunião do Fomc amanhã. O real pode perder para um dólar fortalecido, devido a maior aversão ao risco que prevalece nos mercados no dia de hoje. Os juros devem responder as movimentações do dólar, principalmente nos vértices longos. Os curtos poderão esboçar alguma reação aos dados sobre vendas do comércio, que o IBGE divulgará às 9hs. Pelo consenso do mercado, as vendas do comércio restrito devem ter subido 0,7% em abril em relação a março e recuado 1,8% quando comparadas a abril de 2014.

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