Hoje na Economia 16/07/2014

Hoje na Economia 16/07/2014

Edição 1071

16/07/2014

Dados mais positivos sobre a economia chinesa dão o tom mais otimista para os mercados no dia de hoje. Na China, o PIB do 2T14 cresceu 7,5% (consenso: 7,4%), quando comparado a igual trimestre do ano passado, superando a expansão de 7,4% do 1T14. A diminuição do risco de uma crise financeira por conta do imbróglio do Banco Espírito Santo também contribui para o apetite ao risco, nesta manhã.

Na Europa, com os títulos soberanos portugueses liderando a alta, mercados europeus operam com fortes ganhos. O índice STOXX600 apura valorização de 1,10%. Londres sobe 0,92%; Paris +1,38% e Frankfurt +1,14%. O euro troca de mãos a US$ 1,3534, recuando ante a cotação do fechamento da sessão de ontem (US$ 1,3570).

Os índices futuros das principais bolsas americanas também operam no azul, sinalizando para um dia de recuperação para os mercados de ações. Os futuros do S&P e D&J sobem 0,29% e 0,32%, respectivamente, no momento. A remuneração da Treasury de 10 anos permanece em 2,53% ao ano, em que pese Janet Yellen, chairwoman do Fed, ter declarado que o banco central americano poderia subir os juros antes do esperado, caso a inflação e o mercado de trabalho se mostrem mais fortes do que o antecipado. O dólar segue sua trajetória de valorização frente às principais moedas, com o dólar index subindo 0,18%, nesta manhã. Na agenda, destaque para a produção industrial de junho, que deverá subir 0,3% MoM, segundo as projeções do mercado.

Na Ásia, mercados operaram em direções distintas, levando o índice MSCI Asia Pacific a fechar o dia próximo da estabilidade. No Japão, a bolsa de Tókio encerrou com queda de 0,10%, refletindo o discurso cauteloso da presidente do Fed, além de realizações de lucros. O dólar oscilou pouco nas negociações asiáticas, chegando ao final da sessão negociado a 101,70 ienes (101,72 ienes, no momento). Na China, preocupações com novas ofertas de ações (IPOs) superaram os efeitos positivos do crescimento de 7,5% do PIB no 1T14. A bolsa de Xangai fechou em queda de 0,15%, enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou alta de 0,27%.

A melhora apresentada pela economia chinesa no segundo trimestre alimenta alta do petróleo e das commodities em geral. O produto tipo WTI é cotado a US$ 100,64/barril, com valorização de 0,67% no momento. Demais commodities, destaque para metais (+0,39%) e agrícolas (+0,64%).

No mercado doméstico, hoje encerra a reunião do Copom, que deverá ser um evento neutro, uma vez que não se espera por outra decisão senão a manutenção da Selic em 11% ao ano. A Bovespa deverá prosseguir em sua trajetória de ganhos, estimulada pelos bons números da economia chinesa e pelo maior apetite ao risco que prevalece no dia de hoje. Serão divulgadas as vendas ao varejo de maio (consenso -0,1% MoM) reforçando o quadro de fraqueza da economia barsileira, colocando pressão de baixa sobre os DIs futuros. Essa tendência pode ser atenuada pela alta do dólar ante ao real, seguindo a valorização global da moeda americana.

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