Hoje na Economia – 16/07/2021

Hoje na Economia – 16/07/2021

Os mercados operam nesta manhã sem direcional claro, flutuando entre margens estreitas. Investidores de olho nos ganhos corporativos, resultantes do impacto positivo decorrente da reabertura da economia, em meio à disseminação da variante delta do coronavírus. O mercado de ações também é favorecido pela percepção de que a inflação resultante da reabertura pós-pandemia é vista como temporária pelo Fed, afastando, por ora, os riscos de um aperto monetário. O presidente do Fed, Jerome Powell, continua defendendo a atual instância acomodativa da política monetária americana. Outros bancos centrais, como da Nova Zelândia, Canadá e Reino Unido, passaram para o lado conservador (hawkish), levando o investidor a ponderar por quanto tempo o Fed sustentará a atual política monetária estimulativa.

Nesta manhã, os juros dos Treasuries de longo prazo operam em alta. O yield do T-Note de 10 anos sobe três pontos base, para 1,33% ao ano. O índice DXY do dólar recua 0,10%, situando-se em 92,53 pontos. Entre as principais moedas, o euro opera estável em US$ 1,1817, enquanto a libra valoriza 0,17%, para US$ 1,3854. No mercado futuro das bolsas de Nova York, o índice Dow Jones sobe 0,11% no momento; o S&P 500 avança 0,15%; Nasdaq tem alta marginal de 0,07%. Na agenda americana, a divulgação dos dados de vendas no varejo de junho e o índice preliminar de confiança do consumidor de julho.

Na Ásia, a maioria das bolsas de ações da região fechou em baixa. O índice MSCI Asia Pacific terminou o dia com queda de 0,20%, após quatro pregões de alta. Pesou sobre os investidores, o aviso dado pelo presidente dos EUA, Joe Biden, sobre os riscos das empresas americanas realizarem negócios em Hong Kong, uma vez que não se pode saber o que poderia acontecer caso a China aumente os controles sobre a região. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou perto da estabilidade (+0,03%), enquanto o Xangai Composto caiu 0,71%. No Japão, o Banco do Japão (BoJ) reafirmou sua política monetária frouxa, mas reduziu a projeção de crescimento para o atual ano fiscal. O índice acionário japonês, Nikkei, terminou a sessão de hoje com queda de 0,98%. O sul-coreano Kospi recuou 0,28% em Seul, em Taiwan, o Taiex perdeu 0,77%. O dólar é negociado a 110,12 ienes, com a moeda nipônica depreciando 0,25%, nesta manhã.

As bolsas europeias operam em alta nesta sexta-feira, buscando se recuperar diante das perdas de ontem, focadas nos balanços corporativos que vem sendo divulgados. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,28% no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,59%; em Paris, o CAC40 avança discretos 0,09%; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,43%. A inflação ao consumidor da zona do euro desacelerou em junho, situando-se em 1,9% na comparação anual, contra 2% em maio. O resultado veio em linha com o esperado pelos analistas.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta sexta-feira, buscando recuperar parte das perdas realizadas ao longo da semana. O contrato futuro do produto tipo WTI para setembro sobe 0,73%, negociado a US$ 72,17/barril, no momento.

No mercado doméstico, o Congresso, ontem, aprovou a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2022 e entrou em recesso, deixando para agosto a CPI da Covid e a reforma do IR. Hoje na agenda, será divulgado o IGP-10 de julho, que deve mostrar alta de 0,16%, refletindo o arrefecimento dos preços no atacado, segundo as projeções do mercado. A Bovespa deve acompanhar Wall Street, operando em alta moderada, enquanto o real pode se favorecer da fraqueza global do dólar, nesta manhã. Os juros futuros, no ramo curto, devem refletir o IGP-10, enquanto os longos podem subir levemente acompanhando os Treasuries.

Topo