Hoje na Economia 16/08/2016

Edição 1582

16/08/2016

O dólar mostra forte queda frente aos seus principais parceiros, nesta manhã, enquanto as ações recuam e o ouro sobe para os níveis mais altos das últimas duas semanas.

O índice DXY, que segue o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas, encontra-se em 94,825 pontos, com queda de 0,84%. Investidores cautelosos à espera dos indicadores econômicos referentes a julho, que serão divulgados nos EUA, para os quais se estima inflação ao consumidor estável (CPI: 0,0% MoM); recuo na construção de casa novas (-0,8¨MoM) e desaceleração no avanço da produção industrial (+0,3% MoM contra +0,6% MoM em junho). O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 2,07% no momento, situando-se em 1,525% ao ano, enquanto os participantes do mercado mantém probabilidade inferior a 50% para que ocorra alguma alta da taxa básica de juros americana em 2016. O índice futuro de ações do S&P 500 opera estável, no momento.

Na Europa, o índice pan-europeu de ações STOXX600 registra queda de 0,26%, refletindo a tendência que predomina nas principais praças da região. O índice FTSE100 de Londres opera com ligeiro recuo (-0,12%), da mesma forma que o CAC40 de Paris (-0,22%). Em Frankfurt, o DAX perde 0,36%. O euro é negociado a US$ 1,1271, valorizando cerca de 0,80%, nesta manhã. A divulgação do índice ZEW de expectativas econômicas da Alemanha de agosto, que subiu para 0,5% no mês ante -6,8% em julho, vindo acima das estimativas do mercado, não conseguiu reverter à tendência de queda apresentada pelas bolsas da região.

Na Ásia, a maioria dos mercados da região fechou em queda. O índice MSCI Asia Pacific encerrou o pregão de hoje com variação de -0,10%. A bolsa de Tóquio fechou em baixa significativa por conta da continuidade da valorização do iene ante o dólar. O índice Nikkei apurou queda de 1,62%, no pregão desta terça-feira. A moeda americana é negociada a 100,08 ienes, nesta manhã, contra 101,23 ienes de ontem à tarde. Na China, o índice Composto de Xangai apurou perda de 0,49%, enquanto o Hang Seng de Hong Kong teve desvalorização de 0,09%.

A desvalorização do dólar favorece as commodities em geral. O petróleo tipo WTI é cotado a US$ 45,98/barril, com alta de 0,52%. O índice Geral de Commodity da Bloomberg apura valorização de 0,41%, no momento, com destaque para metais básicos (+0,88%); metais preciosos (+0,40%) e produtos agrícolas (+1,23%).

Os dados de inflação ao consumidor e produção industrial, que serão divulgados nos EUA, podem reforçar o cenário de que o Fed não tem pressa para subir os juros, o que deverá manter o dólar em queda frente ao real, favorecendo o recuo dos prêmios na curva de juros futuros, principalmente dos vencimentos mais longos. Petróleo e commodities em alta, em dia de dólar fraco e liquidez abundante, devem animar a Bovespa, em sua caminhada rumo aos 60 mil pontos.