Hoje na Economia 16/09/2014

Hoje na Economia 16/09/2014

Edição 1115

16/09/2014

Aversão ao risco predomina no humor dos mercados hoje ao redor do mundo, às vésperas da reunião do FOMC, que ocorre amanhã. Ontem, dados de produção industrial mais fraca fizeram diminuir as apostas de mudança no comunicado, porém mercado segue apreensivo em relação a essa reunião, desmontando posições de maior risco.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda pelo nono dia consecutivo, levando ao maior período de queda seguida desde 2002 no índice MSCI Ásia Pacífico, que recuou -0,5% hoje. A bolsa de Xangai teve queda de -1,8% e o índice Nikkei225 do Japão teve queda de -0,23%. O investimento estrangeiro direto na China surpreendeu para baixo em agosto, tendo ainda forte queda em relação ao mesmo mês do ano anterior. O iene está se valorizando hoje, 0,06%, cotado a ¥/US$ 107,13, refletindo a maior aversão ao risco.

Na Europa, as bolsas também operam em queda. O índice pan-europeu STOXX600 recua -0,58%, com quedas de- 0,64% na bolsa de Londres, -0,46% na bolsa de Paris e -0,35% na bolsa de Frankfurt. O euro está se valorizando levemente diante do dólar, 0,02%, cotado a US$/€ 1,2943. A confiança dos empresários na Zona do Euro segue em queda, com o índice ZEW tendo recuado mais que o esperado na Alemanha e na Zona do Euro. A inflação no Reino Unido veio como esperado, recuando em relação ao mês anterior, o que faz a libra se desvalorizar no dia de hoje. A apreensão em relação à votação da independência da Escócia na 5ª feira também ajuda a libra a se desvalorizar.

Nos EUA, os futuros das bolsas têm queda, com Dow Jones recuando -0,14% e S&P 500 caindo -0,13%. Os juros da Treasury de 10 anos recuam pela manhã, estando a 2,56% a.a.. O dólar está quase estável contra as outras moedas, com o índice DXY recuando 0,02%. Essa estabilidade é uma combinação de valorização do dólar diante das moedas de países emergentes e de desvalorização diante da moeda da maioria dos países desenvolvidos. Hoje sairão mais dados sobre atividade americana, que pode levar a mais estresse nos juros americanos se eles vierem positivos. Hoje sairá apenas o dado de inflação ao produtor, que deve ter menos impacto sobre o mercado.

Os preços de commodities hoje têm uma ligeira recuperação, após a forte queda de ontem. O índice UBS/Bloomberg de commodities sobe 0,28%, com queda apenas nos preços de commodities de energia. O petróleo tipo WTI cai 0,19%, com o preço do barril a US$ 92,72.

Hoje no Brasil a agenda segue vazia. O IPC-S da 2ª semana de setembro foi divulgado e veio acima do esperado, com alta de 0,39% contra expectativa de 0,32%, e acelerando em relação à semana anterior (0,21%). A inflação está subindo, seguindo a sua sazonalidade. Hoje deve ser divulgada mais uma pesquisa eleitoral feita pelo Ibope, que pode tornar o mercado mais volátil ainda. A bolsa brasileira deve ter leve recuo, seguindo o mercado internacional e realizando lucros após os boatos sobre pesquisas eleitorais que ocorreram ontem. O real deve seguir se desvalorizando diante do dólar, acompanhando outras moedas de países emergentes. Os juros futuros devem ter ligeira alta, com a desvalorização do real e inflação acima da esperada.

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