Hoje na Economia 16/09/2016

Hoje na Economia 16/09/2016

Edição 1604

16/09/2016

Dados decepcionantes sobre produção e consumo divulgados ontem nos EUA reforçaram o cenário de postergação da alta de juros pelo Fed, favorecendo um clima de menor aversão ao risco que permeia os negócios no dia de hoje.

Na Ásia, onde mercados como China, Hong Kong, Taiwan e Coréia do Sul permaneceram fechados devido a feriado, o índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou esta sexta-feira com alta de 0,60%, reduzindo as perdas acumuladas na semana para 2,1%. No Japão, a alta das ações de tecnologia, bancos e seguradoras levaram o índice Nikkei a registrar valorização de 0,70%. O dólar é negociado a 101,98 ienes, se enfraquecendo ante a cotação de 102,19 ienes de ontem à tarde.

Na Europa, a penalização do Deutsche Bank AG pela justiça americana, a queda nos preços de petróleo e minérios explicam a tendência de baixa que os mercados de ações da região apresentam, nesta manhã. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, recua 0,34% no momento. Em Londres, o FTSE100 opera com baixa discreta; em Paris o CAC40 perde 0,57%; em Frankfurt o DAX recua 0,55%. O euro troca de mãos a US$ 1,1226, recuando 0,16% frente à moeda americana.

No mercado americano, o índice futuro de ações S&P 500 tem desvalorização de 0,36%, nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,672% ao ano, com queda de 1,12%. O dólar esboça reação frente às principais moedas. O índice DXY encontra-se em 95,453 pontos, com alta de 0,18%. Após os fracos números de atividade econômica divulgados ontem, ganham força os números sobre a inflação ao consumidor medido pelo CPI, que serão divulgados nesta manhã. Segundo o consenso do mercado, em agosto o CPI subiu 0,1% no mês e 1,0% em doze meses. O seu núcleo, isto é, o Core CPI, registrou avanço de 0,2% no mês e 2,2% em doze meses, segundo o consenso do mercado.

No mercado de petróleo, a perspectiva de aumento da oferta decorrente da normalização das produções na Nigéria e Líbia empurram as cotações para baixo. O contrato futuro do produto tipo WTI para entrega em outubro é negociado a US$ 43,34/barril, com queda de 1,30%.

Mais uma vez os dados de inflação nos EUA e a tendência do petróleo devem ditar o despenho dos ativos brasileiros. Os mercados têm reagido de forma errática a cada divulgação de dados americanos, comportamento que espelha as incertezas que cercam os rumos da política monetária americana. A Bovespa deve acompanhar Nova York, onde os futuros de ações apontam para um dia de quedas. O movimento de valorização global do dólar que se observa nesta manhã, deve contribuir para manter a cotação da moeda americana acima de R$ 3,30/$, no dia de hoje.

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