Hoje na Economia 16/10/2014

Hoje na Economia 16/10/2014

Edição 1137

16/10/2014

Mais um dia em que prevalece um sentimento de forte aversão ao risco, derrubando mercados de ações, as cotações do petróleo e juros das treasuries. Preocupações com a fraqueza da economia mundial realçam a importância de indicadores de atividade que vem sendo divulgados nas economias avançadas.

Após as inesperada queda das vendas do comércio divulgados nos EUA ontem, as atenções se voltarão para a divulgação da produção industrial em setembro, que deve ter aumentado 0,4% MoM, após queda de 0,1% em agosto. Os novos pedidos de auxílio desemprego devem ter somado 290 mil na semana passada, contra 287 mil da divulgação anterior. Nesta manhã, os futuros dos índices S&P e D&J registram quedas expressivas: -0,97% e -0,81%, respectivamente. O yield pago pela Treasury de 10 anos recuou para baixo de 2,0% ao ano, se situando em 1,98%, no momento. O dólar reage frente às principais moedas nesta manhã. O dólar se valoriza não só frente às moedas das economias avançadas, bem como frente às moedas dos países emergentes.

Na Europa, foi confirmada a inflação anual de 0,3% em setembro, a menor dos últimos cinco anos (meta do BCE: inflação anual de 2,0%) A fraqueza da economia local e resultados corporativos abaixo do esperado empurram as bolsas para o vermelho. O índice STOXX600 recua 1,95% no momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 1,76%. O CAC40 de Paris recua 2,32% e o DAX30 de Frankfurt desvaloriza 1,51%. O euro é negociado a US$ 1,2735, recuando frente a US$ 1,2836 cotado ontem à tarde.

Na Ásia prevaleceu o sentimento de aversão ao risco, em meio à percepção de que a economia mundial pode voltar à recessão, uma vez que a frágil recuperação americana não compensará os efeitos da fraqueza das economias europeia, chinesa e japonesa. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 1,2% na sessão de hoje. No Japão, o índice Nikkei encerrou o dia com queda de 2,22%, ante o fortalecimento do iene frente à moeda americana. O dólar é negociado a 105,60 ienes, nesta manhã, contra 106,02 ienes de ontem à tarde. Na China, a bolsa de Xangai perdeu 0,72%, enquanto Hong Kong registrou queda de 1,03%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 80,30/barril, com queda de 1,80%, atingindo o mais baixo patamar dos últimos cinco anos. Todas as demais commodities perdem nesta manhã: metais: -1,54%; agrícolas: -0,05%, metais preciosos: -0,16%.

Mais um dia em que os investidores brasileiros em ações ficarão na defensiva. Além da aversão ao risco que prevalece no exterior, os resultados das pesquisas eleitorais divulgadas ontem devem desagradar os participantes do mercado, ao mostrar um cenário ainda indefinido e imprevisível. No mercado de câmbio e juros, pode-se repetir o quadro de ontem: real pressionado e juros futuros em alta.

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