Hoje na Economia – 16/10/2020

Hoje na Economia – 16/10/2020

Mercados financeiros internacionais voltam a respirar após as fortes quedas dos últimos três pregões. Mas faltam motivações positivas que definam um direcional claro. Investidores permanecem cautelosos diante do impasse em Washington em torno do pacote fiscal e o aumento de casos por infecção por covid-19 nos EUA e em várias partes da Europa.

Na Ásia, o índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou queda de -0,30%, fechando no vermelho pelo terceiro dia consecutivo. Os mercados asiáticos não mostraram tendência única, nesta sexta-feira. Na China, o índice Xangai Composto teve ganho modesto de 0,13%, mas o Hang Seng avançou 0,94% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei recuou -0,41% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi cedeu -0,83% em Seul. Em Taiwan, o Taiex registrou baixa de -0,60%. No momento, o dólar é negociado a 105,24 ienes, próximo do valor de 105,42 ienes observado ontem à tarde.

Na Europa, as bolsas iniciaram o dia operando no azul. Resultados corporativos positivos, surpreendendo os analistas, compensaram as preocupações com as novas medidas restritivas à mobilidade social adotadas em diversas cidades para limitar a expansão do contágio por covid-19. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,71%, no momento. Em Londres, apesar das indecisões sobre as negociações em torno do Brexit, o índice FTSE100 avança 1,0%; em Paris, o CAC40 sobe 1,33%; o DAX registra valorização de 0,63% em Frankfurt. O euro é cotado a US$ 1,1707, mantendo-se próximo ao valor de US$ 1,1709 do final da tarde de ontem. A inflação da zona do euro, medida pelo índice de preços ao consumidor (CPI), caiu -0,3% em setembro ante igual mês do ano passado, aprofundando a queda após recuar -0,2% na comparação anual de agosto, afastando-se ainda mais da meta do Banco Central Europeu, que é de uma taxa em torno de 2% ao ano.

Nos mercados americanos, os índices futuros das bolsas de Nova York e os juros dos Treasuries operam sem direção única e perto da estabilidade, em meio ao impasse político em torno do novo pacote fiscal e o aumento de casos por covid-19 em alguns estados americanos. Os futuros dos índices Dow Jones, S&P e Nasdaq operam com altas discretas de 0,01%; 0,04% e 0,17%, respectivamente. O juro pago pelo Treasury de 10 anos flutua em torno de 0,73% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de seis outras moedas fortes, opera com queda de -0,19%, situando-se em 93,68 pontos. Ao longo do dia serão divulgadas as vendas no varejo referentes a setembro, que devem ter aumentado 0,8% na comparação mensal. A produção indústria, também de setembro, deve mostrar avanço de 0,5%, na mesma métrica. Ambos os indicadores devem confirmar o quadro de recuperação firme da economia, apesar do término dos programas de sustentação de renda pessoal em julho.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa na manhã desta sexta-feira, ampliando as perdas recentes, diante dos temores de que atual onda de infecções por covid-19 interrompa o avanço da demanda pela commodity. No momento, o petróleo tipo WTI para novembro é negociado a US$ 40,69/barril, com queda de -0,66%.

No mercado doméstico, a Bovespa deve abrir meio de lado, seguindo os futuros das bolsas americanas, enquanto se espera pelos indicadores americanos que poderão dar novo fôlego ao mercado acionário se confirmar o bom desempenho da atividade econômica dos EUA. O dólar deve manter trajetória incerta, alternando altos e baixos, mas sem mudar significativamente de patamar. Os DIs devem continuar impactados pelas dificuldades do Tesouro Nacional na rolagem da dívida mobiliária interna, diante de um quadro de deterioração fiscal.

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