Hoje na Economia 16/11/2016

Hoje na Economia 16/11/2016

Edição 1644

16/11/2016

Mercados mostram-se mais calmos no dia de hoje, enquanto os investidores reavaliam a futura política do presidente eleito norte-americano, Donald Trump, que poderá levar a alta dos juros, favorecendo os bancos e instituições financeiras mundiais. O Fed diante da nova realidade imposta pela surpresa Trump já admite acelerar a alta dos juros básicos americanos.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam majoritariamente em alta, seguindo o desempenho positivo das ações em Nova York, ontem, impulsionadas por papeis de bancos e os relacionados as petrolíferas. O índice MSCI Asia Pacific fechou esta quarta-feira com ganho de 0,6%. Destaque para o mercado japonês, onde os papeis do setor bancário impulsionaram o índice Nikkei, que fechou com valorização de 1,10%. O dólar se fortaleceu frente à moeda japonesa, valendo 109,50 ienes, contribuindo também para a valorização das ações das exportadoras. Na China, o índice Xangai Composto fechou em leve baixa (-0,06%), enquanto o Hang Seng registrou perda de 0,19%, em Hong Kong.

Na Europa, mercados não mostram um direcional claro, evoluindo ao sabor das ações de bancos e de petrolíferas. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, sobe 0,32%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 mostra recuo de 0,13%; Paris, o CAC40 flutua em torno da estabilidade; em Frankfurt o DAX perde 0,12%. O euro é negociado a US$ 1,0721, pouco abaixo da cotação de US$ 1,0727, observada ontem ao final da tarde.

A moeda americana se acomoda, mostrando fracas oscilações em relação às principais moedas, após as fortes altas recentes. O índice DXY encontra-se em 100,22 pontos, mostrando ligeira queda nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe 1,44%, situando-se em 2,251% ao ano. O índice futuro de ações S&P 500 opera com queda de 0,17%, no momento. Na agenda americana de indicadores econômicos, destaque para a produção industrial de outubro, que deverá mostrar alta de 0,2% no mês (+0,1% em setembro) segundo as projeções do mercado. Também de acordo com essas estimativas, a inflação ao produtor (PPI) deverá acumular alta de 1,2% nos últimos doze meses, enquanto o núcleo do índice (Core PPI) subirá para 1,6%, nessa mesma métrica.

No mercado de petróleo, os contratos futuros do produto tipo WTI são negociados a US$ 45,33/barril, com queda de 1,05%, nesta manhã, após a forte alta do produto no dia de ontem. O índice de Commodity da Bloomberg registra queda de 0,31%, com destaque para metais básicos que perdem 0,19%.

A Bovespa deve se ajustar a evolução do pregão de ontem em Nova York, onde os ADRs brasileiros tiveram bom desempenho, puxados pela alta nos preços do petróleo. As manifestações de membros do Fed começam a refletir os efeitos da vitória de Trump, passando admitir um ajuste monetário mais acelerado ao longo do próximo ano. Enquanto isso, o Banco Central, buscando conter a valorização do dólar, anunciou a realização de dois leilões de swap tradicional para hoje, equivalentes à venda de US$ 1,5 bilhão no mercado futuro.

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