Hoje na Economia – 17/02/2021

Hoje na Economia – 17/02/2021

As principais bolsas internacionais iniciam os negócios, nesta quarta-feira, sem direcional claro. Buscam uma acomodação diante das altas recentes, enquanto os investidores avaliam a evolução do cenário de reflação nos EUA, que ganha força com as possibilidades de aprovação do pacote fiscal proposto pelo presidente Joe Biden e com o avanço da vacinação.

Na Ásia, os mercados operaram sem direcional único. Muitas praças, após as altas recentes, optaram pela realização de lucros, fechando com quedas variadas. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou alta de 0,10% no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei registrou queda de -0,58% em Tóquio, após renovar sucessivas máximas de fechamento em mais de 30 anos. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu -0,93% em Seul, interrompendo uma sequência de três pregões positivos. O Hang Seng, por sua vez, fechou com alta de 1,10% em Hong Kong, atingindo o maior patamar desde junho de 2018. Em Taiwan, de volta dos feriados, o índice Taiex subiu 3,54%. No mercado de câmbio, o dólar é negociado a 106,02 ienes, contra 106,09 ienes de ontem à tarde. Na China, os mercados reabrem amanhã, após feriado de uma semana por ocasião do ano-novo lunar.

As perspectivas de aceleração do crescimento e mais inflação à frente refletem nos juros dos Treasuries que se encontram no patamar mais elevado dos últimos doze meses. Nesta manhã, o yield do T-Note de 10 anos declinou dois pontos base para 1,30% ao ano. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a uma cesta de moedas fortes, sobe 0,26% nesta manhã, situando-se em 90,74 pontos. Nas próximas horas, a agenda dos EUA traz indicadores de vendas no varejo e produção industrial, assim como a ata da última reunião de política monetária do Fed. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam perto da estabilidade, no momento: Dow Jones recua -0,10%; S&P 500 cai -0,09%; Nasdaq sobe 0,04%.

As bolsas europeias operam em baixa, neste momento, após as altas dos últimos dois pregões, motivados pelo sentimento de maior otimismo em relação à recuperação global. O dia de hoje parece ser de ajuste técnico, enquanto se avalia os balanços corporativos que serão divulgados ao longo do dia. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de -0,27%. Em Londres, o FTSE100 recua -0,26%; o CAC40 tem perda moderada de -0,11% em Paris; em Frankfurt, o DAX cai -0,28%. O euro é negociado a US$ 1,2077, se desvalorizando 0,24%.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI superou a barreira dos US$ 60,00/barril nesta manhã, por conta das adversidades causadas pelo rigoroso inverno que paralisou a produção no Texas. No momento, o contrato futuro do WTI, para março, é negociado a US$ 60,44/barril, com alta de 0,68%.

No Brasil, os ativos devem ser influenciados, primordialmente, por fatores locais. As discussões sobre o novo auxílio emergencial, seu valor e abrangência, ao lado das medidas fiscais compensatórias, seguem no centro das atenções. A Bovespa, sem perder de vista as questões internas, deve tentar recuperação diante das bolsas internacionais, após dois dias sem operar. O dólar deve abrir em alta frente ao real, por conta de sua valorização no mercado internacional e das incertezas fiscais. Os DIs além de reagirem às informações fiscais, ficam de olho na alta dos juros das treasuries no exterior.

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