Hoje na Economia – 17/02/2023

Hoje na Economia – 17/02/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados divulgados ontem mostraram balanço altista para juros, o que levou a movimento de relativo aperto nas condições financeiras. A inflação ao produtor variou 0,7% M/M em janeiro, acima do esperado pelo consenso de mercado (0,4% M/M), e acelerou para 6,0% no acumulado em 12 meses. Também houve surpresa altista no núcleo, que avançou 0,5% M/M, ante 0,3% M/M esperado. Os pedidos semanais de seguro-desemprego vieram abaixo do esperado (194 mil contra 200 mil), refletindo a continuidade da robustez do mercado de trabalho. Mester e Bullard, do Fed, mantiveram o tom hawkish e afirmaram que não descartam uma aceleração do ritmo de alta de juros na próxima reunião do FOMC. Por outro lado, o índice da sondagem industrial do Fed da Filadélfia referente a fevereiro ficou em -24,3, inferior ao esperado pelos analistas (-7,5) e do dado anterior (-8,9). Os dados de housing de janeiro também vieram mais fracos do que o esperado, tanto as construções de novas casas (-4,5% M/M vs. -1,9% M/M) quanto a concessão de alvarás para novas construções (0,1% M/M vs. 1,0% M/M).

Na Europa, a conta corrente da Zona do Euro registrou superávit de 15,9 bilhões de euros, superior ao resultado do mês anterior (13,6 bilhões de euros). Na Alemanha, a inflação ao produtor arrefeceu -1,0% M/M em janeiro, consistente com alta de 17,8% na comparação interanual. No Reino Unido, as vendas no varejo de janeiro surpreenderam positivamente e subiram 0,5% M/M no número cheio e 0,4% M/M no núcleo.

Hoje a agenda global tende a ser pouco movimentada. Nos EUA, serão divulgados os preços de importação em janeiro, e Barkin e Bowman, do Fed, devem discursar.

Economia Nacional

No âmbito local, com a agenda de dados econômicos esvaziada, a atenção dos mercados ontem voltou-se para a entrevista do presidente Lula concedida ontem à CNN Brasil e para a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). O presidente anunciou aumento do salário-mínimo para R$1.320 e aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda para R$2.640, que, segundo ele, deve chegar gradualmente a R$5.000 até o final do mandato. Lula também adotou tom relativamente mais moderado quanto ao atrito com o Banco Central, o que resultou em um noticiário político mais suavizado hoje. Em relação ao CMN, as pautas da reunião de ontem ficaram restritas a questões regulatórias e financeiras, sem discussão acerca de mudanças nas metas de inflação.

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