Hoje na Economia 17/04/2015

Hoje na Economia 17/04/2015

Edição 1256

17/04/2015

Uma agenda recheada de indicadores econômicos, tanto externos como domésticos, deve movimentar os mercados no dia de hoje.

Nos Estados Unidos, será divulgada a inflação ao consumidor (CPI) de março, que deverá mostrar estável (0%) na comparação com igual mês de 2014. O núcleo do índice (Core CPI) deverá registrar alta de 1,7% na mesma base de comparação, captando os efeitos da alta do dólar e da queda dos preços dos produtos importados. A confiança do consumidor, apurada pela Universidade de Michigan, deve ficar em 94,0 pontos, mantendo em patamar elevado, mas abaixo do pico (98,0) atingido em janeiro. Enquanto aguardam a divulgação dos dados, o índice futuro do S&P opera em queda de 0,78%, enquanto o dólar perde valor frente às principais moedas (dólar índex: -0,39%), refletindo a percepção de que a economia americana perde momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,846% ao ano.

Na zona do euro, a inflação ao consumidor de março, divulgada nesta manhã, ficou em 0,1% frente a igual mês de 2014, como esperado, após recuar em ritmo anual mais forte nos meses anteriores: -0,3% em fevereiro e -0,6% em janeiro. Reflexo do quadro de estagnação econômica que vive a região, esses números reforçam o discurso do presidente do BCE, Mario Draghi, de que o QE europeu tem ainda uma longa jornada pela frente. O euro troca de mãos a US$ 1,0833, contra US$ 1,0761 de ontem à tarde. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 opera em queda de 1,39%, enquanto Londres registra perda de 0,45%; Paris perde 1,34% e Frankfurt recua 1,68%.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam em direções divergentes. Entre as que subiram, o maior ganho foi obtido pelo índice Xangai Composto, que avançou 2,20%, contabilizando seis semanas de altas consecutivas, graças às apostas de que o governo chinês deverá reduzir os juros nos próximos meses para estimular a economia. Na contramão, o índice Hang Seng de Hong Kong fechou em baixa de 0,31%, captando as incertezas sobre os próximos passos da política monetária americana diante dos fracos dados econômicos divulgados nos últimos dias. Em Tókio, as preocupações com os balanços corporativos que serão divulgados nas próximas semanas e o enfraquecimento do dólar favoreceram movimento de realização de lucros. O índice Nikkei fechou o pregão de hoje com queda de 1,17%, mantendo valorização de 12,6% no acumulado do ano. O dólar é cotado a 118,60 ienes contra 119,03 ienes de ontem à tarde.

No mercado de commodities, o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 56,23/barril, com queda de 0,85%, no momento. O índice total de commodities opera com discreta alta, refletindo queda de 0,10% nos agrícolas e -0,45% nas energéticas. Os metais básicos sobem 0,98%.

Na agenda doméstica, destaque para a divulgação da prévia da inflação oficial (IPCA-15) de abril, que deverá mostrar variação de 1,02% segundo o consenso do mercado, desacelerando em relação ao IPCA fechado de março (1,32%) devido à diminuição do impacto da alta de energia elétrica. É pouco provável que esse indicador altere as posições no mercado de juros futuros, onde uma ligeira maioria aposta em outra alta de 0,50 ponto percentual na Selic no Copom deste mês. No mercado de ações, as fortes quedas que as principais bolsas internacionais mostram nesta manhã não permitem prognósticos favoráveis ao desempenho da Bovespa no dia de hoje.

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