Hoje na Economia – 17/04/2023

Hoje na Economia – 17/04/2023

Economia Internacional

Nos EUA, a produção industrial de março, que foi divulgada na última sexta-feira, veio mais fraca do que o esperado pelo mercado, apontando expansão de 0,2% M/M ante expectativa de 0,4% M/M. A leitura preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan de abril, também divulgada na sexta-feira, mostrou alta relevante na expectativa de inflação para 1 ano à frente, que subiu de 3,6% para 4,6%, acima do esperado pelos analistas (3,7%).

Na China, o volume de empréstimos de médio prazo concedidos pelo Banco Central chinês (PBOC) a instituições financeiras nas duas primeiras semanas de abril foi inferior ao projetado pelo mercado (170 bilhões de yuans vs. 220 bilhões), enquanto o PBOC manteve sua taxa de empréstimo de médio prazo em 2,75%, conforme o esperado. Os preços de novas casas subiram 0,44% M/M em março, acima da expectativa mediana dos analistas e do dado anterior (0,3% M/M).

Hoje a agenda global tem como destaques as divulgações do índice NAHB de confiança dos construtores e do Empire Manufacturing referentes a abril. Lagarde, do ECB, deve discursar.

Economia Nacional

O IGP-10 registrou variação de -0,58% M/M em abril, em linha com o esperado pela projeção mediana de mercado, levando a inflação acumulada nos últimos 12 meses para -1,90%. A queda no dado de abril foi novamente explicada pela variação nos preços ao produtor, que caíram 0,96% M/M na esteira do arrefecimento de preços de produtos agrícolas, com destaque para soja, milho e café. Os preços ao consumidor, por outro lado, seguiram variando positivamente (0,57% M/M ante 0,47% M/M em março), puxados pela alta de 5,87% M/M na gasolina. O INCC-10 subiu 0,22% M/M, puxado por Mão de Obra.

O Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira mostrou revisões altistas para a inflação esperada no curto prazo, enquanto reduziu a expectativa para o nível da taxa Selic ao final de 2023. O consenso para o IPCA deste ano subiu ligeiramente, de 5,98% para 6,01%, ao passo que a projeção mediana para a inflação de 2024 foi de 4,14% para 4,18%. Em termos de juros, a mediana para a taxa Selic ao final deste ano caiu de 12,75% para 12,50%, incorporando a expectativa de maior magnitude dos cortes de juros ao longo do ano.

Para hoje, o restante da agenda de dados deve ser menos movimentada, na medida em que a atenção dos mercados locais deve se voltar ao front político. Os investidores monitoram sinalizações quanto à apresentação do texto final do novo arcabouço fiscal, que deve ser enviado ao Congresso dentro em breve.

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