Hoje na Economia 17/05/2017

Edição 1766

17/05/2017

Mercados financeiros estão em baixa pela manhã, seguindo movimento do final do dia de ontem, com preocupação com situação política nos EUA. Novos fatos parecem indicar que o presidente dos EUA, Donald Trump, pode ter cometido obstrução de justiça em eventos ligados aos escândalos mais recentes sobre a demissão do diretor do FBI. O ruído político pode tornar o avanço da agenda legislativa de Trump e dos republicanos mais difícil, o que tem reflexos nas bolsas e nas moedas.

As bolsas asiáticas fecharam em queda com essas notícias sobre Trump. O índice MSCI Ásia Pacífico recuou -0,3%, com queda de -0,27% na bolsa de Xangai e recuo de -0,53% no índice Nikkei225 de Tóquio. O iene está se valorizando contra o dólar, +0,66%, cotado a ¥/US$ 112,39, enquanto o Yuan está se depreciando 0,03% contra a moeda americana.

Na Europa as bolsas operam em queda. O índice pan-europeu STOXX600 recua -0,28%, o FTSE100 de Londres -0,03%, o CAC40 de Paris -0,46% e o DAX de Franfkrut -0,34%. O euro está se apreciando contra o dólar, +0,21%, cotado a US$/€ 1,1106, com o dado final de inflação ao consumidor vindo igual à prévia e indicando aceleração para 1,9% A/A. De forma geral os dados da Zona do Euro mostraram melhora nos últimos meses, tanto na atividade quanto na inflação. A libra também se valoriza, +0,39% após dados melhores sobre mercado de trabalho.

Nos EUA os índices futuros das bolsas têm queda de -0,36% no Dow Jones e -0,44% no S&P500. Os juros futuros também recuam, com a Treasury de 10 anos a 2,292% a.a.. O dólar está perdendo valor contra outras moedas, em especial de países desenvolvidos, com o índice DXY recuando -0,15%.

Os preços de commodities sobem, puxados pelo petróleo. O índice geral de commodities da Bloomberg sobe +0,42%. O preço do barril de petróleo tipo WTI sobe +0,47%, cotado a US$ 48,9/barril. O preço do minério de ferro na China subiu 1,68%, cotado a US$ 62,2/ton.

Hoje a agenda econômica brasileira não contempla divulgação de indicadores importantes. Os juros futuros devem seguir recuando, com o mercado se ajustando ao cenário de Selic mais baixa que a maior parte dos economistas adotou nos últimos dias. A trajetória de valorização do real diante do dólar deve ser interrompida hoje, com a expectativa de ligeira depreciação devido à maior aversão ao risco. A bolsa brasileira, por sua vez, deve subir um pouco, com as forças conflitantes de maior aversão ao risco mundial, maior preço de commodities e queda de risco país com a expectativa de aprovação de reformas no Congresso.