Hoje na Economia 17/05/2018

Hoje na Economia 17/05/2018

Edição 2014

17/05/2018

Os indicadores de atividade – produção industrial e vendas do comércio – divulgados nos EUA na quarta-feira mostraram que a economia retomou um ritmo de crescimento sólido, superando a desaceleração observada no início deste ano. Os juros das Treasuries, bem como dos títulos soberanos europeus, prosseguem em alta, enquanto o dólar se estabiliza e o petróleo WTI supera a barreira dos US$ 72/barril. Sinais de que o crescimento americano mostra-se cada vez mais sólido atenuam os impactos negativos sobre os mercados decorrentes da alta dos juros internacionais, bem como das ameaças geopolíticas, que vão da península coreana à Itália, sem perder de vistas as negociações comerciais entre EUA e China que podem colocar o crescimento mundial em risco.

Na Ásia, mercados de ações operaram entre altos e baixos, em meio à divulgação de resultados empresariais surpreendentes e dúvidas quanto ao resultado das conversações entre China e EUA com relação às divergências comerciais. O índice MSCI Asia Pacific teve avanço de 0,30% no pregão de hoje. Na China, o índice Xangai Composto apurou perda de 0,48%, com investidores acompanhando as negociações comerciais com Washington, que estão longe de serem conclusivas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 0,54%, em que pese o salto de 3,7% nas ações da gigante da internet Tencent Holding Ltd., que divulgou balanço trimestral melhor que o esperado. No Japão, o Nikkei subiu 0,53% em Tóquio, graças às ações do setor farmacêutico e químico. No mercado de moedas, o dólar avançou a 110,68 ienes de 110,32 ienes no fim da tarde de ontem.

Na Europa, o índice STOXX600 opera com alta discreta (+0,18%), nesta manhã. Rumores de que o Reino Unido pode permanecer na união alfandegária europeia além de 2021 favorece a libra que avança 0,10% (US$ 1,3499) ante ao dólar, enquanto o índice FTSE100 opera de lado em Londres. Em Paris, o CAC40 sobe 0,47%, enquanto o DAX tem alta de 0,22% em Frankfurt. O euro troca de mãos a US$ 1,1817 de US$ 1,1802 no final da tarde de ontem.

Na bolsa de Nova York, os principais índices futuros de ações operam em queda moderada: o Dow Jones recua 0,06%; S&P 500 perde 0,18%; Nasdaq tem queda de 0,35%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 3,107% ao ano de 3,096% de ontem à tarde. O índice DXY, que acompanha o valor do dólar diante de uma cesta de moedas fortes, encontra-se flutuando em torno do patamar de 93,40, o mais alto nível desde o final do ano passado.

No mercado de petróleo, as cotações da commodity prosseguem em alta moderada nesta manhã, renovando novas máximas em três anos e meio. O contrato futuro do produto tipo WTI é cotado a US$ 72,08/barril, com alta de 0,83%, no momento.

No âmbito doméstico, o dia é de ajuste no mercado de juros. O Copom manteve a Selic em 6,50% ao ano, contrariando a esmagadora maioria do mercado que, confiando na sinalização do BC, apostava em redução da Selic para 6,25%. A deterioração do ambiente externo foi a justificativa do comitê para manter a taxa estável. Talvez a decisão do colegiado contribua para que o valor do dólar se estabilize na faixa de R$ 3,65 a R$ 3,70/US$.

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