Hoje na Economia – 17/05/2021

Hoje na Economia – 17/05/2021

Na última semana a maior parte dos mercados acionários teve forte queda, após dados de inflação acima do esperado nos EUA. Na sexta-feira houve alguma reversão desse movimento, com alta na maior parte das bolsas. Hoje, no início da nova semana, há ligeira queda na maior parte das bolsas, com o mercado ainda preocupado com a situação da inflação nos EUA.

Na Ásia as bolsas fecharam sem direção única, com o índice regional MSCI Asia Pacific terminando estável. Houve quedas de -0,92% no Nikkei225 de Tóquio, -0,60% no KOSPI de Seul e -2,99% no TAIEX de Taipei, com mais medidas de restrição de mobilidade sendo adotadas para lidar com novas ondas de Covid-19 nesses países. O iene se valoriza 0,20% contra o dólar, cotado a ¥/US$ 109,13. A bolsa de Xangai, por outro lado, teve alta de 0,78%, com dados ruins de atividade levando a apostas de investidores que estímulos demorarão mais para serem retirados. A produção industrial de abril na China teve crescimento de 9,8% A/A contra mediana de projeções de 10% A/A e as vendas no varejo do mesmo mês tiveram alta de 17,7% A/A contra mediana de projeções de 25% A/A.

Na Europa as bolsas têm queda pela manhã, com recuos de -0,26% no índice pan-europeu STOXX600, -0,50% no FTSE100 de Londres, -0,34% no CAC40 de Paris e -0,27% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando contra ao dólar, 0,20% também, cotado a US$/€ 1,2165. Na semana sairão dados de prévias de PMIs de manufatura e serviços na sexta-feira, porém até lá a semana deve ter poucos dados relevantes na Europa.

Nos EUA, os índices futuros também operam em queda, de -0,35% no Dow Jones, -0,32% no S&p500 e -0,36% no NASDAQ. O dólar está perdendo valor diante de outras moedas, com o índice DY caindo -0,12%. Os juros futuros estão recuando ligeiramente, com o yield da Treasury de 10 anos diminuindo de 1,63% na sexta-feira para 1,622% a.a. hoje. Hoje sairá dado de atividade do Fed de Nova York (Empire Manufacturing), relativo a maio, com expectativa de acomodação em patamar elevado na margem, passando de 26,3 para 24,0. O índice de confiança dos construtores NAHB também será divulgado, devendo ter ficado estável em 83 em maio. Outros indicadores de atividade (Fed Filadélfia, PMIs) sairão ao longo da semana, mas o destaque deve ser a comunicação do Fed. A ata da última reunião do FOMC será divulgada na sexta-feira, e há discursos de diversos membros do comitê ao longo da semana para esclarecer suas posições em relação à política monetária e expectativa de inflação. Hoje falam Clarida e Bostic.

Os preços de commodities não têm direção única hoje. O índice geral da Bloomberg sobe 0,36%, com avanços de 0,38% no ferro, 1,30% no níquel, 0,19% na soja e 0,66% no ouro. Por outro lado, há quedas de -0,98% no cobre, -1,38% no trigo e -0,09% no petróleo, com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 65,30.

Hoje no Brasil sairão dados de inflação, com expectativa de aumento na margem do IPC-S 2ª semana de 0,33% para 0,46% e no IGP-10 de 1,58% para 2,71%. O Ibovespa pode ter queda, acompanhando o movimento internacional das bolsas. Os juros futuros devem ter alta, reagindo aos dados de inflação mais elevados, enquanto o real pode se valorizar ligeiramente diante do dólar, beneficiado pelo movimento internacional de moedas e pelo dado de balança comercial semanal, que deve vir bastante positivo.

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