Hoje na Economia – 17/05/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados de atividade divulgados ontem surpreenderam para cima as expectativas de mercado, o que mostrou resiliência da economia norte-americana e ajudou a afastar os receios recessivos. As vendas no varejo tiveram alta de 0,4% M/M em abril, ante queda de 0,7% M/M no mês anterior, e o grupo de controle registrou avanço superior ao esperado (0,7% M/M contra 0,3% M/M). A produção industrial teve variação positiva em abril (0,5% M/M), acima do esperado pelo consenso de mercado (0,0% M/M) e do dado de março (0,4% M/M). O índice NAHB de confiança do consumidor também surpreendeu na leitura de maio, acelerando de 45 para 50.

Na China, foram divulgados nesta madrugada os preços de novas residências em abril, que desaceleraram na comparação com o mês anterior (0,32% M/M vs. 0,44% M/M).

Na Zona do Euro, a inflação ao consumidor de abril não sofreu revisões e manteve-se em linha com a divulgação preliminar, apontando alta de 7% A/A e de 5,6% A/A no núcleo.

Para hoje, a agenda contou com a divulgação de dados referentes ao setor imobiliário em abril. As concessões de licenças para novas construções recuaram -1,5% M/M, ante expectativa de estabilidade na margem, mas houve revisão para cima do dado anterior, de -8,8% M/M para -3,0% M/M. As construções de novas casas registraram alta de 2,2% M/M, acima do esperado (-1,4% M/M) e do dado anterior, revisado de -0,8% M/M para -4,5% M/M.

Economia Nacional

No âmbito local, as vendas no varejo no conceito restrito subiram 0,8% M/M em março, superando a expectativa mediana do mercado de -0,2% M/M e o dado anterior (-0,1% M/M). Na comparação interanual, o setor varejista restrito avançou 3,2%. No conceito ampliado também houve importante surpresa positiva, com as vendas no varejo avançando 3,6% M/M ante -0,2% M/M esperado, consistente com expansão interanual de 8,8%. As surpresas altistas nos dados de março reforçaram o ganho de tração do varejo no fechamento do 1° trimestre.

O IGP-10 variou -1,53% M/M em maio, abaixo do esperado pela mediana das estimativas de mercado (-1,25% M/M) e do dado anterior (-0,58% M/M), levando a inflação acumulada em 12 meses a -3,49%. A queda no dado de maio foi novamente explicada pela variação nos preços ao produtor, que caíram 2,25% M/M na esteira do arrefecimento dos preços de produtos agrícolas, com destaque para a soja e o milho, e do minério de ferro. Os preços ao consumidor tiveram alta de 0,60% M/M, puxados por Alimentação. O INCC desacelerou de 0,22% M/M para 0,09% M/M.

Hoje o restante da agenda doméstica fica esvaziado, na medida em que os mercados monitoram o noticiário ligado ao front político.