Hoje na Economia – 17/06/2020

Hoje na Economia – 17/06/2020

Mercados globais iniciam cautelosos, esta quarta-feira. Investidores de olho nas ameaças representadas pelos recentes surtos de coronavírus em partes da China e dos EUA, mas animados com os recentes fluxos de indicadores econômicos divulgados em diversas partes do mundo, mostrando que o fundo do poço da economia mundial já ficou para trás. A cautela também se justifica por questões geopolíticas, envolvendo a Índia e China e as duas Coreias.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam com leve alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific mostrou aumento discreto de 0,20% no pregão de hoje. Os investidores iniciaram os trabalhos motivados pela valorização das bolsas de Nova York no dia de ontem, mas as preocupações com as tensões geopolíticas e o avanço do coronavírus na China e nos EUA impuseram limites ao apetite por risco. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,14%, enquanto o Hang Seng se valorizou 0,56% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,56% em Tóquio, pressionado por ações de montadoras e empresas aéreas. Na Coreia do Sul, o Kospi mostrou alta de 0,14%; o Taiex registrou ganho de 0,20% em Taiwan. No mercado de moedas, o iene tem discreta depreciação (-0,05%) ante o dólar, que é negociado a 107,37 ienes, no momento.

As bolsas europeias operam em alta, nesta manhã, dando sequência ao tom otimista do pregão de ontem, deixando em segundo plano as preocupações com as tensões geopolíticas e disseminação do coronavírus que afetam os mercados em outras regiões. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,58%. Em Londres, o FTSE100 opera com valorização de 0,65%; o CAC40 sobe 0,54% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem ganho de 0,43%. O euro é cotado a US$ 1,1237, recuando 0,24% ante a moeda americana.

No mercado americano, o apetite ao risco permanece elevado. Investidores animados com o desempenho melhor do que o esperado das vendas do comércio varejista dos EUA, com os recentes estímulos do Fed e pela expectativa de que o governo Trump implemente o plano de maciços investimentos em infraestrutura, para superar a crise causada pelo coronavírus. No momento, no mercado futuro de ações de Nova York, o Dow Jones avança 0,35%; S&P 500 tem alta de 0,39%; Nasdaq se valoriza 0,40%. O índice DXY do dólar, que mede as variações da moeda americana frente a outras seis divisas relevantes, sobe 0,20%, situando-se em 97,16 pontos. O juro pago pela Treasury de 10 anos sobe 1 ponto base, para 0,76% ao ano.

No mercado futuro de petróleo, o produto tipo WTI opera em baixa de 0,70% no momento, sendo negociado a US$ 38,10/barril, refletindo o aumento dos estoques norte-americanos reportado pela American Petroleum Institute no fim da tarde de ontem. Hoje, o Departamento de Energia (DoE) divulga os números sobre produção e estoques de petróleo nos EUA.

No mercado doméstico, o foco estará na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), anunciando o resultado hoje às 18h. O consenso entre os analistas aponta para um corte de 0,75 ponto percentual, colocando a Selic em 2,25%. O interesse maior estará no comunicado que acompanha a decisão: poderá anunciar o fim do ciclo, como antecipou na ata da reunião do mês passado, ou sinalizar que há espaço para continuar promovendo novos cortes na taxa básica de juros, como o mercado tem precificado.

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