Hoje na Economia – 17/08/2023
Cenário Internacional
Nos EUA, a ata da reunião do FOMC, que foi divulgada ontem, voltou a ressaltar a postura do comitê de dependência dos dados quanto à condução de política monetária nos próximos meses. Os membros do comitê reconheceram a melhora do quadro inflacionária na margem, mas seguem cautelosos com a desinflação dos serviços subjacentes. Em termos de sinalização, o tom adotado na ata indica que novas altas de juros podem ser apropriadas, o que corrobora nossa expectativa de que não haverá novo aperto na reunião de setembro, mas que dados de inflação de serviços mais altos podem fazer juros subirem uma última vez depois, em novembro. A produção industrial, também divulgada ontem, registrou expansão de 1,0% M/M em julho, superando a expectativa mediana do mercado de 0,3% M/M.
Hoje a agenda global de dados econômicos contou com a divulgação dos pedidos semanais de seguro-desemprego, que vieram em linha com o esperado, e do índice de atividade do Fed da Filadélfia referente a agosto, nos EUA. O índice surpreendeu positivamente a expectativa dos analistas ao subir de -13,5 para 12, ante -10,2 esperado, puxado pelo componente de novas encomendas.
Cenário Brasil
O IGP-10 referente a agosto registrou variação de -0,13% M/M, acima do esperado pela SulAmérica Investimentos (-0,17% M/M) e da projeção mediana dos analistas (-0,29% M/M), acumulando deflação de -7,37% nos últimos 12 meses. A aceleração do dado de agosto, que se compara com a queda de -1,10% M/M observada em julho, foi explicada pela perda de intensidade da dinâmica deflacionária dos preços ao produtor, que recuaram -0,2% M/M em agosto, ante -1,54% M/M no mês anterior. Os produtos agropecuários avançaram 0,16% M/M, puxados pela alta de 5,98% da soja, enquanto os bens industriais variaram -0,33% M/M na esteira da contribuição altista do minério de ferro.