Hoje na Economia 17/09/2015

Hoje na Economia 17/09/2015

Edição 1360

17/09/2015

Finalmente chegou o dia da reunião do FOMC, que ocorre hoje à tarde (15 horas de Brasília). Ontem os mercados financeiros tiveram forte alta, com especulações de que não haverá alta de juros na reunião de hoje. Hoje os mercados financeiros abriram de forma mais mista.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,8%. A bolsa de Xangai novamente teve grande volatilidade no final do dia, e fechou em queda de -2,10%. A bolsa do Japão, por sua vez, teve alta, com o índice Nikkei225 subindo 1,43%. O iene está se desvalorizando diante do dólar hoje, -0,31%, cotado a ¥/US$ 120,95.

Na Europa, as bolsas operam também sem direção única, próximas de zero. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,04%. Há queda de -0,17% na bolsa de Londres, mas altas de +0,32% na bolsa de Paris e +0,35% na bolsa de Frankfurt. De forma geral há um otimismo com ações europeias, que costumam ter melhor desempenho que americanas após alta de juros nos EUA. O euro está ganhando valor diante do dólar, +0,25%, cotado a US$/€ 1,1319.

O preço das commodities teve forte alta ontem, com aumento de apostas de não aperto monetário pelo Fed e melhora da China. Hoje essas commodities devolvem parte dos ganhos, com o índice Bloomberg de commodities recuando 0,57%, com queda em especial nas commodities metálicas. O preço do petróleo subiu muito ontem, com a surpresa no dado de estoques nos EUA (queda nos estoques de 2 milhões de barris ao invés de alta de 2 milhões). Hoje o petróleo devolve parte dos ganhos de ontem, com o preço do tipo WTI recuando 1,38%, a US$ 46,49/barril.

Os mercados futuros americanos estão em leve queda, com o S&P500 recuando 0,10%. O dólar está se depreciando diante de outras moedas, com o índice DXY caindo 0,22%. Os juros de 10 anos estão em ligeira queda, com a taxa a 2,280% a.a.. O mercado coloca agora uma possibilidade de 34% de alta nos juros americanos na reunião de hoje. Hoje sairão alguns dados econômicos (housing, atividade do Fed da Filadélfia), mas eles devem ter importância menor sobre os mercados, que estarão atentos ao resultado da reunião do FOMC, às 15 horas, e à entrevista coletiva da presidente do Fed, Yellen, às 15:30.

No Brasil, hoje já saiu o IGP-M 2º decêndio, que ficou próximo das expectativas, em 0,65% contra mediana de 0,67%, acelerando em relação aos dados anteriores. Notícias nos jornais hoje indicam que o ex-presidente Lula quer influenciar a presidente Dilma para fazer uma guinada na sua política econômica, interrompendo o ajuste fiscal e dando estímulos monetários. O mercado de juros deve responder a isso com aumento nas taxas de juros futuros. Isso também deve fazer o real se depreciar contra o dólar, ajudando o movimento que já ocorreria devido à queda de preços de commodities e da bolsa da China. A bolsa brasileira deve ter dia de ligeira queda com maior incerteza econômica. Os preços de ativos brasileiros devem ser afetados pelo resultado da reunião do FOMC, podendo haver um pequeno rally se as taxas de juros permanecerem em zero e grande queda se houver alta de 25 pb.

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