Hoje na Economia 17/10/2017

Hoje na Economia 17/10/2017

Edição 1873

17/10/2017

Prevalece certa preocupação permeando os negócios, nesta terça-feira. Volta subir a temperatura na península coreana, diante de novas ameaças de Pyongyang. Na Europa, aumentam as tensões em torno da Catalunha, enquanto Madri aguarda a resposta das autoridades catalãs sobre a declaração de independência. Ainda na Europa, espera-se sobre a resolução do impasse envolvendo o Brexit.

O índice de ações pan-europeu STOXX600 registra baixa de 0,10%, nesta manhã. Principais bolsas da região também operam no vermelho: Londres -0,23%; Paris -0,25%; Frankfurt -0,40%; Madri -0,35%. O euro recua para US$ 1,1770 de US$ 1,1795 no fim da tarde de ontem.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam o pregão de hoje com altas modestas, com investidores acompanhando o início do 19º Congresso do Partido Comunista da China, ao mesmo tempo em que mantém um olho nos movimentos da Coreia do Norte. Na China, a cautela prevaleceu antes da reunião do Partido Comunista, onde se espera que o presidente Xi Jinping garanta um segundo mandato como secretário-geral do partido e consolide seu poder. No mercado de ações, o índice Composto de Xangai recuou 0,19%, no dia de hoje. No Japão, o índice Nikkei registrou o 11º pregão consecutivo de alta, encerrando esta terça-feira com valorização de 0,38%. Move o otimismo japonês a expectativa de que o governo do primeiro-ministro, Shinzo Abe, obterá fácil vitória nas eleições deste fim de semana. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng de Hong Kong teve ganho marginal (0,02%); em Taiwan, o índice Taiex caiu 0,47%; em Seul, o Kospi teve alta moderada (0,17%).

O dólar norte-americano encontra-se em alta no dia de hoje, principalmente frente às moedas dos emergentes. Fortalece a posição da divisa americana a expectativa de que o presidente Donald Trump escolha um nome conservador (hawkish) para presidir o Fed a partir do ano que vem. No momento, o nome mais citado na mídia é a do economista John Taylor. O juro pago pelo T-bond de 10 anos encontra-se em alta, situando-se em 2,311%, ao ano (+0,23% no momento). No mercado de ações, os futuros das principais bolsas não mostram direcional claro, nesta manhã: Dow Jones +0,01%; S&P 500 -0,05%; Nasdaq -0,04%.

O petróleo realiza parte dos ganhos da sessão de ontem, quando os preços das commodities subiram por conta do conflito bélico em resposta a decisão do Curdistão de se separar do Iraque. A província curda de Kirkuk é rica em petróleo. Os contratos futuros do produto tipo WTI para novembro são cotados a US$ 51,73/barril, com queda de 0,27%.

As ameaças da Coreia do Norte de provocar um conflito nuclear, conjugado a expectativa de um comando mais conservador no Fed em 2018, alimentam a aversão ao risco, prejudicando os mercados de ações, bem como fortalecendo o dólar frente às moedas em geral. Ou seja, para hoje, possivelmente, uma Bovespa mais fraca e alta da taxa de câmbio. Internamente, predominam as questões políticas: CCJ debate a denúncia contra o presidente Temer na Câmara, enquanto no Senado, o foco estará na votação que define o destino do senador Aécio Neves (PSDB-MG).

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