Hoje na Economia 17/10/2018

Hoje na Economia 17/10/2018

Edição 2119

17/10/2018

As dúvidas e incertezas diante dos resultados corporativos referentes ao terceiro trimestre, que começaram a ser divulgados, colocam o investidor na defensiva, não permitindo que o mercado de ações mostre uma trajetória definida, nesta quarta-feira.

Na Ásia, os ganhos prevaleceram nas bolsas da região, contaminados pelo rali mostrado pelas bolsas de Nova York ontem, surfando balanços trimestrais melhor do que o esperado. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com ganho de 0,9%, melhor desempenho em uma semana. Na China, o Xangai Composto subiu 0,60%, recuperando-se das mínimas em quatro anos atingidas recentemente. Em Tóquio, o Nikkei teve alta de 1,29%, com destaque para as ações de fabricantes de eletrônicos e corretoras. No mercado de câmbio, o dólar recuou para 112,20 ienes, de 112,24 ienes de ontem à tarde. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi registrou sólido ganho de 1,04% em Seul; o Taiex, por sua vez, apresentou baixa marginal de 0,02%. Em Hong Kong, mercados fechados por conta de feriado.

Na Europa, as bolsas iniciaram os trabalhos em alta diante de expectativas otimistas em relação ao início da temporada de balanços corporativos. No decorrer do pregão, o ceticismo prevaleceu, levando os mercados a operarem entre altos e baixos sem direcional claro. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, após uma abertura no azul, por conta de resultados de empresas de tecnologia, reverteu a tendência, passando a operar no vermelho. Neste momento, mostra queda de 0,15%. Em Londres, bolsa local sobe 0,14%; em Paris, o índice CAC40 flutua em torno da estabilidade; em Frankfurt, o DAX registra queda de 0,53%. Em termos de indicadores econômicos, foi divulgada a inflação ao consumidor de setembro da zona do euro, que acelerou para 2,1% ante 2% em agosto. O resultado veio em linha com as previsões do mercado. No mercado de câmbio, o euro é negociado a US$ 1,1562, ante US$ 1,1581 no fim da tarde de ontem.

No mercado americano, os futuros de ações operam em baixa, sinalizando para uma abertura em queda, após as fortes altas de ontem. No momento, o índice futuro do Dow Jones opera com queda de 0,38%; do S&P 500 cai 0,28%; do Nasdaq recua 0,36%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos avançou de 3,155% de ontem à tarde para 3,166% nesta manhã. O dólar volta a ganhar força frente as principais moedas, levando o índice DXY a mostrar alta de 0,18%. Hoje será divulgada a ata da reunião de política monetária do Fed, realizada em setembro. Sinais de que os membros da instituição estão avaliando a possibilidade de intensificar o aperto monetário deverão resultar em impactos significativos sobre o dólar e nos juros das treasuries.

Os contratos futuros de petróleo operam em leve baixa, nesta manhã. Analistas esperam pela divulgação do levantamento oficial sobre estoques americanos, elaborado pelo Departamento de Energia (DoE). No momento, o contrato do produto tipo WTI, para entrega em novembro, é negociado a US$ 71,65/barril, com queda de 0,38%.

A Bovespa deve ter sua tendência moldada pelo otimismo com o cenário eleitoral e pelos altos e baixos das bolsas americanas, diante dos balanços que vão sendo divulgados, com resultados algumas vezes acima das expectativas. No mercado de câmbio, a menor aversão ao risco deve manter o dólar flutuando em torno de R$ 3,70/US$, enquanto se espera pela ata do Fed (às 15hs), que pode definir tendência para o dólar e juros futuros.

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