Hoje na Economia 17/11/2015

Hoje na Economia 17/11/2015

Edição 1399

17/11/2015

Mercados financeiros operam em alta no momento, já ignorando os efeitos dos atentados terroristas de sexta-feira. Na ausência de mais notícias, a perspectiva de divergência entre a política monetária americana e de outros países desenvolvidos dá o tom de diversos mercados.

Na Ásia, as ações subiram, com o índice MSCI Ásia Pacífico avançando 1,1%. Houve alta de 1,22% no índice Nikkei225 do Japão, mas a bolsa de Xangai destoou das demais e caiu 0,06%. O iene segue se depreciando contra o dólar, -0,09%, cotado a ¥/US$ 123,29, o que ajudou as ações de empresas exportadoras.

Na Europa, as ações estão em forte alta, com o índice pan-europeu de ações STOXX600 subindo 1,75% no momento. O índice FTSE100 de Londres sobe 1,70%, o CAC40 de Paris 1,83% e o DAX de Frankfurt sobe 1,62%. O euro está se depreciando 0,22% contra o dólar, cotado a US$/€ 1,0663. Hoje sairão dados de confiança na economia (ZEW), que devem ter melhorado, em especial na Alemanha.

O mercado de commodities mostra queda nos preços, acompanhando o desempenho da bolsa chinesa. O índice geral da Bloomberg está caindo 0,15%. O preço de cobre está caindo bastante após a notícia que a maior empresa produtora está vendendo com desconto maior para a China, indicando demanda fraca pelo produto. O preço do petróleo não avança, com impacto limitado das novas ações militares no Oriente Médio e maior preocupação com o dado de estoques nos EUA, que deve ter avançado pela 8ª semana seguida. O preço do barril tipo WTI está estável, cotado a US$ 41,72.

Nos Estados Unidos, o futuro do S&P500 também está em alta, de 0,24%. O dólar está ganhando valor contra as principais moedas, em especial de países desenvolvidos, com o índice DXY subindo 0,14%. Os juros de 10s anos estão estáveis, a 2,26% a.a.. Hoje sairão dados de inflação ao consumidor e produção industrial, que podem aumentar a aposta de aumento de juros em dezembro se vierem mais fortes que o esperado.

No Brasil, hoje deve sair o IGP-10, que deve ter desacelerado pouco em relação ao mês anterior, ainda permanecendo com inflação próxima de 1,5% ao mês. Hoje também sairá o dado de arrecadação do governo federal à tarde, e a expectativa é de receita mais fraca que o ano passado, em R$ 105 bi. A bolsa brasileira deve avançar, seguindo o tom das bolsas internacionais, mas o aumento deve ser modesto (como foi ontem), devido à fraqueza das commodities. Na parte política, hoje deve ocorrer a votação dos vetos presidenciais e o congresso do PMDB para discutir um plano de governo anunciado há alguns dias. Há grande possibilidade de os vetos finalmente serem votados e mantidos, após a mudança de atitude do principal partido de oposição. A melhora no noticiário político pode levar os juros futuros a recuarem hoje e o real a se valorizar (com essa valorização sendo limitada pela queda de preços de commodities).

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