Hoje na Economia 17/12/2018

Hoje na Economia 17/12/2018

Edição 2158

17/12/2018

Sinais adicionais de desaceleração em importantes economias aumentam o interesse sobre os principais eventos nesta semana: as reuniões de política monetária do Fed, do Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ). À espera desses encontros, mercados abrem a semana sem direcional claro, operando entre altos e baixos.

Na economia americana, é consenso no mercado de que o Fed promoverá novo aumento de juro nesta semana, podendo sinalizar para possível redução no ritmo de aperto monetário ao longo de 2019. O juro do T-Bond de 10 anos situa-se em 2,882% nesta manhã, recuando ante a taxa de 2,893% de sexta-feira à tarde. O dólar mostra-se ligeira queda diante das principais moedas, com índice DXY apresentando discreto recuo (-0,06%), no momento. Os principais futuros da bolsa de Nova York sugerem recuperação parcial após as quedas de sexta-feira. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,04%; do S&P 500 avança 0,05%; Nasdaq sobe 0,12%.

As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em alta nesta segunda-feira, mas com ganhos moderados, refletindo a cautela dos investidores na semana em que o Fed deve voltar a elevar os juros. O índice Nikkei subiu 0,62% em Tóquio, liderando a alta na região, refletindo o avanço das ações de varejistas e concessionárias de serviços públicos. O dólar é comprado a 113,38 ienes, com ligeiro avanço diante do valor de 113,35 ienes do final de sexta-feira. Na China, o Xangai Composto subiu 0,16% sustentado por papeis de bancos e setor imobiliário após o banco central chinês (PBoC) ter injetado no mercado financeiro cerca de US$ 23,2 bilhões através de vendas de contratos de recompra reversa. Na Coreia do Sul, o índice Kospi fechou a sessão com ganho marginal de 0,08% em Seul; o Taiex registrou alta de 0,14% em Taiwan; o Hang Seng fechou com queda marginal de 0,03% em Hong Kong.

Na Inglaterra, se espera que o BoE mantenha a taxa básica de juros estável nessa reunião. Importante será conhecer o plano de voo da política monetária em um ambiente de incerteza causado pelo Brexit. No mercado de ações, principais bolsas da região operam no vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra recuo de 0,24%; em Londres, o FTSE100 cai 0,21%; em Paris, o CAC40 perde 0,23%. O DAX, por sua vez, tem alta marginal (+0,03%) em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1314, acima do valor de US$ 1,1306 de sexta-feira à tarde.

O mercado de petróleo opera sem direção única. No momento, o contrato futuro para o produto tipo WTI, para entrega em fevereiro, é negociado a US$ 51,22/barril, com alta discreta de 0,04%.

A Bovespa deve acompanhar a tendência das bolsas de Nova York, com investidores também preocupados com a ação do Fed nesta semana diante do enfraquecimento global, em que pese o dinamismo mostrado pela economia americana que justifica mais uma alta dos juros. O dólar pode ter leve recuo ante o real, acompanhando o movimento de ligeira apreciação mostrada pela maioria das moedas emergentes. A curva futura de juros deve mostrar discretas oscilações, enquanto se aguarda pela ata do Copom (manhã) e pelo Relatório Trimestral de Inflação, na quinta-feira.

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