Hoje na Economia 18/02/2016

Edição 1457

18/02/2016

Os mercados, nesta manhã, não apresentam um direcional único como denominador, em meio à ausência de notícias e dados relevantes, o que deixa os ativos oscilando entre margens estreitas, sem viés único.

Na Europa, após uma abertura em alta, bolsas locais voltaram a operar no vermelho. O índice STOXX600 registra perda de 0,20%, no momento. Em Londres, o índice FTSE100 recua 0,61%; em Paris o CAC40 perde 0,10%, enquanto em Frankfurt o índice DAX tem valorização de 0,10%. O euro troca de mãos a US$ 1,1138, mantendo-se relativamente estável, em torno desse patamar.

Na Ásia, o otimismo em relação a possível ação coordenada dos grandes produtores de petróleo, limitando a oferta do produto e abrindo espaço para a recuperação sustentada dos preços da commodity, impulsionou os mercados locais. O índice de ações regional, MCSI Asia Pacific, fechou o dia com ganho de 2,1%. No Japão, o índice Nikkei registrou valorização de 2,28%, com o bom desempenho dos papeis de empresas ligadas ao setor de energia. Na China, a alta da inflação ao consumidor para 1,8% em janeiro (1,6% em dezembro) reforçou a percepção de estabilização do mercado interno chinês que ao lado de novas injeções de liquidez efetuadas pelo banco central local favoreceram a alta de 2,32% na bolsa de Hong Kong, segundo o índice Hang Seng. Em Xangai, em meio à alta volatilidade, o índice Xangai Composto apurou perda de 0,16%.

No mercado americano, o dólar recua frente às principais moedas, reflexo do cenário de estabilidade da taxa de juros de referência (Fed Fund) decorrente das fortes turbulências externas e queda nas expectativas inflacionárias. O índice DXY, que segue o valor do dólar ante a uma cesta de moedas, situa-se em 96,769, com queda de 0,10%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 1,798% ao ano (-1,14%). No mercado de ações, o índice futuro do S&P 500 registra queda de 0,08%, no momento.

O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 31,11/barril, com alta de 1,47%, após ter subido 5,6% na sessão de ontem, ante a expectativa de limitação da oferta do produto pela ação coordenada entre os principais produtores mundiais. Demais commodities também operam no azul, com destaque para metais básicos (+0,18%) e as energéticas (+4,89%).

No mercado de ações doméstico, a Bovespa deve continuar se beneficiando da recuperação dos preços do petróleo e das demais commodities, mas com limitações impostas pelo quadro econômico interno preocupante, agravado pelo segundo rebaixamento da nota de crédito brasileiro pela agência de risco Standard & Poor’s em menos de um ano. Na agenda econômica, o Banco Central divulgará o índice de atividade econômica (IBC-Br) de dezembro, que deverá recuar 0,65% ante o mês anterior e -6,5% ante ao mês de dezembro de 2014. Esses números, reforçando o quadro recessivo, devem corroborar as apostas de que o BC pode iniciar a redução da Selic ainda neste semestre.