Hoje na Economia – 18/02/2020

Hoje na Economia – 18/02/2020

Aumentam as preocupações com os efeitos da epidemia causada pelo coronavírus sobre a economia mundial. A Apple admitiu, ontem à noite, que não espera mais atingir os resultados traçados para o trimestre até março, por causa do surto de coronavírus na China. Os resultados da empresa serão prejudicados pela redução temporária da oferta do produto por conta da paralisação em fábricas chinesas e pela redução da demanda pelos seus produtos na região.

O aviso dado pela Apple derrubou as ações de tecnologia, principalmente de semicondutores, levando as principais bolsas asiáticas a fechar o dia no vermelho. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific apurou queda de 1,1%, nesta terça-feira. Por outro lado, as bolsas chinesas fecharam em alta moderada após o governo anunciar que poderá conceder isenção tarifária a mais produtos dos EUA. A redução dos juros para empréstimos, adotada ontem, também favoreceu o mercado de ações no dia de hoje. O índice Xangai Composto fechou com alta discreta de 0,05%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 1,54%; o sul-coreano Kospi recuou 1,48% em Seul; em Taiwan, o Taiex perdeu 0,97%. Esses mercados foram afetados, principalmente, pela queda das ações da Apple e de empresas correlacionadas. No Japão, também pressionado por papeis de tecnologia, o índice Nikkei teve queda de 1,40% em Tóquio. No mercado de moedas, o dólar é cotado a 109,71 ienes de 109,86 ienes no final da tarde de ontem.

Na Europa, o mau humor é alimentado não só pelo aviso da Apple, como também pela divulgação de resultados corporativos decepcionantes, como o divulgado pelo banco britânico HSBC e pela mineradora anglo-suíça Glencore. Neste momento, o índice STOXX600 opera com queda de 0,54%; em Londres, o FTSE100 perde 0,49%; o CAC40 recua 0,55% em Paris; em Frankfurt o DAX tem queda de 0,76%. O euro é negociado a US$ 1,0824, recuando ante o valor de US$ 1,0838 de ontem à tarde.

A maior aversão ao risco prevalecente nesta manhã derruba a remuneração do T-Bond de 10 anos, que se situa em 1,5423% ao ano, com queda de 2,68%. O dólar se valoriza frente às principais moedas, como também das moedas emergentes. O índice DXY sobe 0,22%, no momento, atingindo 99,22 pontos, o mais alto neste ano. No mercado de ações de Nova York, espera-se por uma abertura em baixa, conforme sinalizado pelos índices futuros de ações, no momento: o futuro do índice Dow Jones recua 0,60%; do S&P 500 perde 0,50%; Nasdaq tem queda de 0,91%.

Os futuros de petróleo operam em baixa, seguindo o mau humor de outros mercados financeiros, após a Apple alertar que não deverá conseguir cumprir suas projeções de receitas para o 1º trimestre, por causa dos efeitos do coronavírus. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI, para abril, é negociado a US$ 51,24/barril, com queda de 1,56%.

A Bovespa deve iniciar os negócios, nesta terça-feira, em baixa. Deve acompanhar a queda das ações de tecnologia observada nas principais bolsas internacionais, como também os futuros da bolsa de Nova York, que apontam para uma abertura em baixa. Em dia de maior aversão ao risco, o dólar deve ser favorecido diante do real, contribuindo para uma maior pressão sobre os juros futuros longos.

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