Hoje na Economia 18/03/2013

Hoje na Economia 18/03/2013

Edição 747

18/03/2013

O euro recua ante as principais moedas para o menor nível deste ano, enquanto ações e commodities apuram fortes perdas nesta manhã, fruto do controverso plano elaborado pela comunidade financeira internacional para salvar do colapso o sistema bancário de Chipre. O acordo prevê a criação de uma taxa sobre depósitos bancários para arrecadar 5,8 bilhões de euros. Trata-se do primeiro plano a incluir os depositantes em um socorro financeiro na Europa. O mercado teme que se abra um precedente para eventuais futuros planos de resgates.

O euro recuou, no início das negociações nesta segunda-feira, para US$ 1,2929, contra 1,3076 no fechamento de sexta-feira. Agora é negociado a US$ 1,2940. O título alemão de 10 anos voltou a remunerar com taxas negativas, enquanto os yields pagos pelos papeis italianos e espanhóis encontram-se em alta. O índice de ações STOXX600 registra queda de 0,66% no momento, enquanto Londres cai 0,70%, Paris -1,25% e Frankfurt -1,05%.

Os futuros das principais bolsas americanas operam com pesadas perdas, apontando para um dia de queda para o mercado acionário. Os índices S&P e D&J registram quedas de 0,88% e 0,55%, respectivamente, no momento. O dólar index opera em alta de 0,41% nesta manhã, enquanto o juro pago pela treasury de 10 anos recuou para 1,929% ao ano.

A Ásia também acusou o impacto negativo decorrente do confisco bancário ocorrido em Chipre. O índice MSCI Asia Pacific perdeu 1,9%. A bolsa de Tókio fechou o pregão contabilizando a maior queda deste ano, uma vez que o fortalecimento do iene na esteira da crise cipriota deflagrou forte movimento de realização de lucros. O Nikkei fechou com perda de 2,71%. A moeda japonesa é negociada a 94,95 ienes por dólar, contra 95,25 ienes no final de sexta-feira. Na China, a bolsa de Xangai apurou desvalorização de 1,68%, enquanto Hong Kong perdeu 2,0%.

O petróleo tipo WTI cai 1,04% no momento, com o produto sendo negociado a US$ 92,47/barril. As commodities em geral perdem 1,0% nesta manhã, sendo metálicas -1,89% e agrícolas -1,0%.

Em um dia de forte aversão ao risco, com queda das principais bolsas de valores internacionais e recuo das commodities, a Bovespa deve contabilizar novas perdas no pregão de hoje. No mercado de câmbio, a forte valorização do dólar ante as principais moedas deve repercutir sobre a moeda brasileira, o que poderá colocar a taxa de câmbio de volta ao patamar de R$ 2,00/US$. No mercado de juros futuros, o agravamento da crise externa pode reforçar as apostas de que o ciclo de alta da Selic se iniciará na reunião do Copom de maio.

Superintendência de Economia
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