Hoje na Economia 18/03/2014

Hoje na Economia 18/03/2014

Edição 991

18/03/2014

Parece que o mercado mostra-se dividido sobre os desdobramentos da crise na Ucrânia após a Rússia aceitar a decisão separatista da Criméia e iniciar o processo de anexação, ignorando as tímidas sanções anunciadas pelos EUA e União Europeia (UE).

Os mercados asiáticos reagiram bem à redução da tensão geopolítica. O índice MSCI Asia Pacific fechou com alta de 0,5%. A Bolsa de Tókio também registrou ganhos, com o Nikkei encerrando o dia com valorização de 0,94%. O iene perdeu força à medida que enfraqueceu a procura por porto seguro. Sua cotação que chegou a atingir ¥101,85 por dólar ontem à tarde, encontra-se em 101,42 ienes por dólar nesta manhã. Na China, em meio a novos anúncios de default de empresas, a bolsa de Xangai fechou estável, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong terminou o dia com ganho de 0,51%.

Na Europa, o quadro é outro. Mercados operam em baixa, com os investidores preocupados com as próximas movimentações do líder russo em relação à situação na Criméia, principalmente no que se refere à adoção de medidas em retaliação às sanções impostas pela UE e EUA. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 registra queda de 0,33%, enquanto em Londres, Paris e Frankfurt bolsas locais perdem 0,30%, 0,34% e 0,73%, respectivamente. O euro é negociado a US$ 1,3913 contra US$ 1,3922 de ontem à tarde.

Os futuros das principais bolsas norte-americanas também operam no vermelho, nesta manhã. Os índices S&P e D&J registram quedas de 0,17% e 0,13%, respectivamente. O juro pago pela T-Bond de 10 anos situa-se em 2,663% ao ano, no momento, enquanto o dólar mostra-se estável em relação às principais moedas. Na agenda, a divulgação da inflação ao consumidor (CPI) de fevereiro, que deverá mostrar variação de 1,2% em relação a igual mês do ano passado, ainda distante da meta de 2% anuais perseguida pelo FED.

No mercado de petróleo, o produto tipo WTI é cotado a US$ 98,21/barril, com alta de 0,13% neste momento. Demais commodities também operam com ganhos, com destaque para metais (+0,14%) e agrícolas (+0,32%).

Sem motivações domésticas firmes, a Bovespa deve acompanhar as bolsas internacionais, flutuando de acordo com as alterações de humor em relação a crise na Criméia. O clima de menor aversão ao risco que prevalece no dia de hoje favorece as commodities bem como as moedas dos países emergentes. A cotação do dólar deve ficar em torno de R$ 2,35 ao longo do dia, com ligeiro viés de baixa. No mercado de juros futuros, atenção para audiência do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na Comissão Econômica do Senado, às 11hs. Suas ponderações sobre atividade e inflação poderão ajudar para ajustar as expectativas em relação ao próximo Copom.

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