Hoje na Economia 18/04/2016

Hoje na Economia 18/04/2016

Edição 1498

18/04/2016

A reunião da OPEP no final de semana terminou sem acordo entre os grandes produtores, o que faz com que os preços de commodities e bolsas ao redor do mundo caiam.

Os preços de commodities iniciam o dia em queda, após a reunião da OPEP terminar sem acordo. O preço do petróleo tipo WTI recua -3,59% agora, após chegar a cair mais de -6%, com o mercado frustrado com o resultado da reunião. O barril do petróleo WTI está a US$ 38,90. Outras commodities também estão caindo, com o índice geral da Bloomberg recuando -0,42%.

Na Ásia, o índice MSCI Ásia Pacífico caiu -1,4%. O índice Nikkei225 do Japão recuou -3,40%, afetado pelo iene, que se valoriza 0,41%, cotado a ¥/US$ 108,32. A bolsa de Xangai teve queda de -1,44%. As duas bolsas seguem afetadas negativamente pelo terremoto que ocorreu no Japão, que deve interromper a produção de itens importantes na indústria.

Na Europa, as bolsas operam em queda, afetadas pelo petróleo. O índice STOXX600 registra contração de -0,12%, no momento. Em Londres, o índice de ações FTSE100 cai -0,22%; em Paris o índice CAC40 recua -0,21%; mas em Frankfurt o DAX sobe 0,05%. O euro está cotado a US$/€ 1,1303, apreciando 0,18% contra o dólar.

O índice DXY do dólar está caindo -0,10%, sendo puxado para baixo pela valorização do iene e do euro. Entretanto, contra outras moedas o dólar está se valorizando, em especial a de países produtores de commodities. Os juros da Treasury de 10 anos estão em queda, a 1,748% a.a.. O futuro do S&P500 inicia o dia com recuo, de -0,34%. Hoje a agenda é mais vazia nos EUA, com o destaque para discursos de membros do Fed, como Dudley, Kashkari e Ronsengren.

Ontem a Câmara dos Deputados votou a admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, aprovando-o por 367 votos a favor (25 a mais que o necessário). O processo agora vai para o Senado, que pode votar pelo afastamento inicialmente temporário da presidente entre os dias 10 e 12 de maio, considerando o prazo para as comissões darem seu aval. Até lá dificilmente serão aprovadas grandes questões legislativas no Congresso. Hoje já saíram dados de inflação divulgados pela FGV, com o IGP-M 2º decêndio vindo abaixo do esperado (0,30% contra 0,34%) e o IPC-S 2ª semana vindo de acordo com as expectativas (0,45%). Dados importantes de atividade e inflação sairão ao longo da semana (IBC-Br, IPCA-15, CAGED, desemprego), porém as atenções ainda devem ficar sobre o noticiário político. Considerando a piora nos mercados no exterior e o efeito boato-fato que costuma haver no mercado em grandes eventos, é possível que a valorização dos ativos brasileiros hoje seja modesta comparada com a semana passada. Ainda assim, deve haver pressão para os juros futuros caírem, a bolsa subir e o real se valorizar (esse último efeito podendo ser atenuado por intervenções do Banco Central).

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