Hoje na Economia 18/05/2017

Hoje na Economia 18/05/2017

Edição 1767

18/05/2017

Há razões de sobra para a presença de forte aversão ao risco permeando os negócios no dia de hoje.

Internamente, o Brasil se vê mergulhado em nova e profunda crise política. Independentemente de se comprovar ou não a denúncia de que o presidente Michel Temer teria dado aval para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha, preso no âmbito da Lava Jato, fica seriamente comprometido o cronograma de tramitação das reformas, tanto trabalhista, mas principalmente, da Previdência. As dúvidas quanto à essa questão deve levar a uma reformulação nas estratégias dos mercados, com forte impacto nos preços do dólar, juros e bolsas.

Externamente, a questão envolvendo a tentativa do presidente dos EUA, de impedir a investigação do FBI envolvendo possíveis trocas de informações com diplomatas russos por um ex-integrante do governo, leva os investidores para defensiva. Ainda que não se acredite que esse imbróglio avance para um impeachment do presidente, fica comprometida a agenda econômica proposta pelo novo governo, responsável pelo rali nos preços dos ativos após as eleições.

Os investidores demandam mais Treasuries, iene e ouro, em busca de segurança. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,183% ao ano, contra 2,218% de ontem à tarde. O dólar recua frente às principais moedas, com o índice DXY caindo para 97,658 pontos, o mais baixo desde novembro passado. O índice futuro de ações do S&P 500 opera com queda de 0,50%, nesta manhã.

Bolsas europeias abriram em forte baixa refletindo as quedas sofridas pelas bolsas americanas no dia de ontem. O índice de ações STOXX600 registra perda de 0,98%, nesta manhã. Principais bolsas da região mostram a mesma tendência: em Londres, o FTSE100 perde 1,34%; em Paris o CAC40 recua 1,14%; em Frankfurt, o DAX tem desvalorização de 0,87%. O euro é cotado a US$ 1,1119 recuando frente à cotação de 1,1157 de ontem à tarde.

Na Ásia, o desempenho dos mercados não foi diferente, também refletindo as perdas ocorridas nas bolsas de Nova York. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 1,32%, frente aos temores decorrentes dos temores de que o presidente dos EUA, Donald Trump, terá dificuldades de aprovar reformas importantes no Congresso devido às questões políticas.

No mercado de commodity, petróleo opera em baixa marginal, após os ganhos recentes. O contrato futuro para entrega em junho do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 48,26/barril, com queda de 0,10%. Comandada pela queda nos preços do petróleo, o índice Geral de Commodity da Bloomberg opera com desvalorização de 0,87%, nesta manhã.

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