Hoje na Economia 18/06/2018

Hoje na Economia 18/06/2018

Edição 2035

18/06/2018

A intensificação da guerra comercial entre EUA e China, e seus desdobramentos, que podem envolver novas medidas retaliatórias nos próximos dias, alimenta a aversão ao risco, nesta segunda-feira.

Os índices futuros de ações da bolsa de Nova York operam em queda, nesta manhã. O futuro do Dow Jones recua 0,58%; do S&P 500 cai 0,49%; Nasdaq perde 0,58%. O juro pago pela Treasury de 10 anos recuou para 2,911% de 2,926% no fim da tarde de sexta-feira, refletindo a busca por posições defensivas. O dólar mostra certa estabilidade frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 94,83, com alta discreta de 0,05%.

As bolsas asiáticas fecharam em queda, sob impacto dos últimos desdobramentos do conflito comercial entre Washington e Pequim. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,7%, nesta segunda-feira, dia em que os mercados da China, Hong Kong e Taiwan não operaram por conta de feriado. Em Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,75% no pregão de hoje, à medida que os temores comerciais ajudaram a impulsionar o iene em relação ao dólar, prejudicando as ações das empresas exportadoras. Na Coreia do Sul, o Kospi caiu 1,16%; as ações da Samsung Electronics foram destaques de baixa.

As bolsas na Europa operam em baixa, nesta manhã, acompanhando os futuros de ações americanos como também os mercados asiáticos. O índice pan-europeu de ações – STOXX600 – registra queda de 0,40%, no momento. Principais praças também operam no vermelho: Londres recua 0,11%; Paris perde 0,91%; Frankfurt cai 1,01%. Fatores de risco político, como questões sobre emigração a ser enfrenta da por Ângela Merkel e Brexit pela Theresa May acentuam a aversão ao risco na Europa, afetando a moeda comum. O euro troca de mãos a US$ 1,1602 de US$ 1,1613 no fim da tarde de sexta-feira.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, refletindo os temores quanto à guerra comercial EUA e China, como também apreensão sobre a reunião da Opep com grandes produtores independentes, que ocorre na sexta-feira, onde deverá se decidir sobre possível ampliação da produção. Nesta segunda-feira, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em agosto, recua 0,45%, sendo negociado a US$ 64,70/barril.

Nos mercados domésticos, a aversão ao risco deve também prevalecer, empurrando investidores para defensiva. Pelo lado internacional, pesam as preocupações com a escalada dos conflitos comerciais entre EUA e China e a expectativa em torno da reunião da Opep. No âmbito interno, além dos riscos políticos inerentes a corrida eleitoral, o investidor estará à espera da reunião do Copom, onde diante do movimento especulativo, pressionando o dólar e os prêmios da curva de juros a termo, o BC decidirá se sobe ou não a taxa Selic.

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