Hoje na Economia 18/07/2017

Hoje na Economia 18/07/2017

Edição 1810

18/07/2017

Mercados acordam de mau humor, motivados, entre outras coisas, pela frustração do governo Trump em obter apoio entre os próprios senadores republicanos para o projeto de lei que substituiria o “Obamacare”. Reforçam os temores de que o governo tenha dificuldades em avançar no Congresso a agenda econômica, contemplando uma reforma tributária.

O dólar enfraqueceu frente às principais moedas, com o índice DXY recuando de 95,263 de ontem para 94,683, nesta manhã. O dólar recuou para 112,18 ienes de 112,59 ienes no fim da tarde de ontem, enquanto o euro avançava a US$ 1,1528 de US$ 1,1485. A libra esterlina subiu para US$ 1,3118 de US$ 1,3054. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou para 2,301% ao ano de 2,311% no fim da tarde de ontem. O futuro do índice de ações DOW Jones sobe 0,02%, enquanto do S&P 500 encontra-se estável, nesta manhã.

Na Ásia, ainda que preocupados com o andamento trôpego das reformas nos EUA, bolsas da região fecharam majoritariamente em alta. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio caiu 0,59%, voltando a ficar abaixo dos 20 mil pontos. Ações foram prejudicadas pelo fortalecimento do iene. Na China, o Xangai Composto subiu 0,35%, reduzindo parte das perdas de ontem, com investidores ainda preocupados com a possibilidade de o governo endurecer a regulação na economia, particularmente, no sistema financeiro. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 0,21%, favorecido pelas ações de tecnologia.

Na Europa, resultados corporativos decepcionantes empurram as ações para baixo. O índice de ações pan-europeu STOXX600 opera com perda de 0,43%, no momento. Em Londres, o FTSE100 apresenta alta discreta, enquanto o CAC40 de Paris e o DAX de Frankfurt registram quedas de 0,31% e 0,53%, respectivamente. Na Alemanha, o índice ZEW de expectativas econômicas caiu para 17,5 em julho, de 18,6 em junho, vindo um pouco melhor do que a previsão dos analistas (17,0).

Ao longo da sessão asiática, os contratos futuros de petróleo operaram em leve baixa, recuperando-se nesta manhã. No momento, o contrato futuro do WTI para entrega em setembro é negociado a US$ 46,28/barril, com alta de 0,33%.

No âmbito doméstico, com a ausência de fatos novos na cena política, o governo Temer busca ocupar o vazio elevando o tom do otimismo, retomando um discurso reformista. Mas há uma pedra no caminho. O quadro fiscal se deteriora. A frustração com as receitas ordinárias é crescente e as extraordinárias murcham em meio às incertezas econômicas. Para viabilizar a meta estabelecida para este ano (déficit fiscal primário de 2% do PIB para o governo central), não haverá como fugir de medidas impopulares, como a necessidade de se aumentar os impostos.

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