Hoje na Economia 18/07/2018

Hoje na Economia 18/07/2018

Edição 2056

18/07/2018

Mercados abrem os negócios com maior apetite ao risco, estimulados pelas declarações de Jerome Powell, presidente do Fed, reafirmando o bom desempenho da economia americana, em que os indicadores macroeconômicos embasam a continuidade da alta gradual da taxa de juros.

O dólar se valoriza frente às principais moedas fortes – o índice DXY encontra-se em 92,23, com alta de +0,25% -, deprimindo a maioria das moedas emergentes, bem como as commodities. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se flutuando em torno de 2,85%, sem direcional definido. Hoje será divulgado o Livro Bege contendo novas informações conjunturais, elaboradas pelos Feds regionais, que devem reforçar o quadro de uma economia dinâmica, corroborando a necessidade de se reduzir o caráter acomodatício da política monetária. Percepção que deve manter o dólar forte e elevar os juros longos. Os futuros de ações apontam para uma abertura em alta moderada. No momento, o índice futuro do Dow Jones sobe 0,08%; do S&P 500 avança 0,07%; Nasdaq tem alta de 0,02%.

Na Ásia, as bolsas não fecharam em sentido único. O índice MSCI Asia Pacific fechou próximo da estabilidade. Na bolsa de Tóquio, o iene mais fraco estimulou a valorização das ações das exportadoras, levando o Nikkei a apurar ganho de 0,43%. O dólar é negociado a 113,00 ienes, contra 112,87 ienes de ontem à tarde. Na China, por sua vez, as bolsas fecharam em queda pelo quarto pregão consecutivo. O índice Composto de Xangai teve queda de 0,39%. Em Hong Kong, o índice Hang Seng chegou a abrir em alta, mas não sustentou a tendência, fechando com perda de 0,23%. Segundo as avaliações dos analistas, os mercados da China e de Hong Kong ainda reagem às incertezas geradas pelas tensões comerciais entre os EUA e China, mesmo que o impacto direto desse evento até agora seja modesto.

Na Europa, as ações operam em alta, puxadas pelos papeis de montadoras, favorecidas pela expectativa de redução dos impostos alfandegários, e pelos bons resultados corporativos de empresas de tecnologia e comunicações. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra ganho de 0,54%, enquanto em Londres, o FTSE100 sobe 0,65%; em Paris, o CAC40 avança 0,56%; em Frankfurt o DAX tem valorização de 0,80%. O euro é negociado a US$ 1,1623 de US$ 1,665 no fim da tarde de ontem.

O dólar forte derruba as cotações de petróleo, que refletem também o aumento dos estoques de petróleo dos EUA, informado ontem pela Americam Petroleum Institute. O contrato futuro para entrega em agosto do produto tipo WTI é negociado a US$ 67,56/barril, com queda de 0,76%, nesta manhã.

O ambiente financeiro doméstico deve continuar refém do desempenho dos principais mercados internacionais, que hoje devem acompanhar, além da divulgação do Livro Bege, nova manifestação de Jerome Powell, presidente do Fed, desta vez frente à Câmara, onde deve reiterar o compromisso de ajuste gradual dos juros. Na agenda doméstica, a inflação vem voltando ao normal após o choque provocado pela greve dos caminhoneiros. A 2ª quadrissemana do IPC-Fipe mostrou alta de 0,37%, após avançar 0,63% na quadrissemana anterior. A FGV divulga a 2ª prévia do IGP-M de julho, que deve ficar em 0,42% segundo as projeções do mercado, recuando ante alta de 1,75% de igual prévia do mês anterior.

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