Hoje na Economia – 18/08/2021

Hoje na Economia – 18/08/2021

Os principais mercados internacionais operam com baixas moderadas, nesta manhã de quarta-feira. A cautela predomina nos mercados, refletida em movimentos modestos na maioria dos ativos, diante das preocupações dos efeitos da disseminação da variante delta do coronavírus sobre a economia global, em meio à perspectiva de redução de estímulos e inflação elevada. Espera-se, também, pela ata do Fed, na busca de pistas sobre os próximos passos da política monetária americana.

As bolsas de ações da Ásia fecharam em alta, recuperando-se das perdas de ontem. O índice regional de ações. MSCI Asia Pacific fechou a sessão de hoje com alta de 0,40%, com destaque para os papéis de tecnologia da informação e financeiro. No Japão, o índice acionário Nikkei subiu 0,59% em Tóquio, beneficiado pela fraqueza da moeda japonesa. O iene está se depreciando diante do dólar, -0,05%, cotado a ¥/US$ 109,65. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,47%, enquanto o sul-coreano Kospi valorizou 0,50% em Seul. Em Taiwan, o Taiex registrou ganho de 0,99%. Na China, o índice Xangai Composto apurou ganho de 1,11%. Investidores animados com a possibilidade de o governo chinês adotar novas medidas estimulativas após os recentes sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo.

Na Europa, a inflação ao consumidor (CPI) subiu 2,2% em julho ante igual mês do ano passado, acelerando em relação ao aumento de 1,9% observado em junho. O resultado confirmou a estimativa preliminar e veio em linha com as projeções do mercado, ficando, entretanto, acima da meta oficial de 2% do Banco Central Europeu, atingindo o maior patamar desde 2018. No mercado de ações, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em torno da estabilidade (-0,01%), no momento. Em Londres, o FTSE100 cai 0,27%; o CAC40 tem queda de 0,29% em Paris; o DAX desvaloriza 0,17%. O euro está se apreciando diante do dólar, 0,09%, cotado a US$/€ 1,1720.

O dólar, após as altas dos últimos dias, mostra-se relativamente estável nesta manhã. O índice DXY do dólar, que mede o valor da divisa americana diante de uma cesta de seis moedas, encontra-se em 93,06 pontos, com ligeira queda de 0,07%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos também se encontra estável, flutuando em torno de 1,26% ao ano, repercutindo ainda os fracos dados de atividade divulgados, ontem. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, sugerindo que os mercados à vista poderão estender as perdas de ontem. O futuro do Dow Jones cai 0,18%; S&P 500 exibe queda modesta de 0,08%; Nasdaq desvaloriza 0,09%. O Fed divulgará (às 15h) a ata da reunião de política monetária (Fomc) ocorrida em julho. A importância do documento reside na avaliação da conjuntura, de olho nas metas do Fed (inflação e emprego) após dados recentes mostrarem forte crescimento do emprego e um ambiente inflacionário desconfortável. É provável, no entanto, que um anúncio mais concreto sobre o momento do início da redução gradual de compra de ativos (tapering) fique para o simpósio anual de Jackson Hole, no final deste mês.

As cotações do petróleo sobem, nesta manhã, após a divulgação de baixos estoques americanos da commodity, dando oportunidade de recuperar parte das perdas recentes, O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para outubro, é cotado a US$ 67,05/barril, valorizando 0,71%, no momento.

No âmbito doméstico, diante de uma agenda econômica esvaziada, o ambiente político-institucional conturbado continuará pesando sobre os ativos domésticos. Os deputados não conseguiram chegar a um consenso sobre a reforma do Imposto de Renda, que acabou sendo adiada por 390 votos a 99, após o governo identificar o risco de ser rejeitada a taxação dos dividendos em 20% ou o projeto sair tão modificado que teria um altíssimo custo fiscal. Nesse ambiente de risco elevado, o real deve recuar ante o dólar, os juros futuros subirem e a Bovespa cair.

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