Hoje na Economia 18/09/2015

Hoje na Economia 18/09/2015

Edição 1361

18/09/2015

Mercados financeiros ainda assimilam consequências da decisão do FOMC de ontem, de manter os juros estáveis.

Na Ásia, as bolsas fora do Japão tiveram alta, com o índice MSCI Ásia Pacífico exceto Japão subindo 1,1%. A bolsa de Xangai teve alta de 0,38%. Hoje foi divulgado o preço de imóveis na China em agosto, que subiu em metade das cidades pesquisadas, aliviando um pouco a preocupação com atividade e demanda chinesa por commodities. A bolsa do Japão, por sua vez, teve forte queda, com o índice Nikkei225 recuando 1,96%. O iene está se valorizando diante do dólar hoje, +0,68%, refletindo o menor diferencial de juros, cotado a ¥/US$ 119,20.

Na Europa, as bolsas operam em queda, com o desmonte de posições que apostavam que as ações europeias teriam desempenho melhor que as ações americanas após uma alta de juros. O índice pan-europeu STOXX600 cai 1,54%. Há queda de 1,03% na bolsa de Londres, 2,34% na bolsa de Paris e 2,26% na bolsa de Frankfurt. O euro, por sua vez, está perdendo valor diante do dólar, -0,06%, cotado a US$/€ 1,1427, com aumento de apostas de que o ECB vai ter de aumentar o estímulo monetário agora que o Fed demorou um pouco mais para subir os juros.

O preço das commodities segue em leve alta, com o índice de commodities da Bloomberg avançando 0,14%, em especial nos metais industriais e metais preciosos. O preço do barril de petróleo recua, com o tipo WTI caindo 1,11%, a US$ 46,38/barril.

Os mercados futuros americanos estão em queda, com o S&P500 recuando 0,69%. O dólar está se depreciando diante de outras moedas, com o índice DXY caindo 0,32%. A curva de juros americana fechou ontem, com taxas caindo após o resultado da reunião do FOMC. O mercado financeiro agora põe apenas 20% de chance de aumento de juros na reunião de outubro e menos de 50% de chance de aumento na reunião de dezembro. Os juros de 10 anos seguem em queda, a 2,15% a.a..

No Brasil, hoje já saiu o IPC-FIPE 2ª semana, que ficou um pouco acima do esperado (0,47% contra 0,44%). O real pode se valorizar ligeiramente contra o dólar hoje, em dia com menos notícias internas sobre política, aproveitando-se do ambiente global no mercado de moedas e de commodities. A queda do real pode levar a uma ligeira queda nos juros futuros, mas nada muito grande, uma vez que a incerteza fiscal ainda predomina (a curva de juros ainda deve empinar, uma vez que também há incerteza sobre quanto tempo a política monetária poderá se manter ortodoxa). A bolsa brasileira deve ficar próxima da estabilidade hoje, sem grandes notícias que a afetem.

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