Hoje na Economia 18/09/2018

Hoje na Economia 18/09/2018

Edição 2099

18/09/2018

Mercados internacionais recebem com relativa calma a notícia de que o presidente Donald Trump decidiu impor tarifas de 10% sobre US$ 200 bilhões de importações chinesas. Em janeiro próximo, essas tarifas poderão subir para 25%. Pequim promete retaliar.

Para os investidores não foi surpresa, uma vez que a escalada protecionista já contemplava essa medida, o que leva a uma reação comedida da maioria dos mercados, onde não se nota uma reação de se evitar ativos de maior risco.

Na Ásia, bolsas de ações operaram em alta recuperando-se das baixas recentes, com investidores minimizando o anúncio do presidente dos EUA. Segundo os analistas, as tarifas dos EUA contra China vieram como o esperado; a economia global mostra solidez e os balanços em geral têm sido positivos. Na China, o índice Composto da bolsa de Xangai fechou com alta de 1,82%, recuperando-se após recuar em 12 das últimas 15 sessões. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei fechou com ganho de 1,41%. O iene permaneceu relativamente estável, refletindo a ausência de busca por proteção. O dólar é cotado a 111,96 ienes, pouco acima do valor de 111,84 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,56% apoiado pelos ganhos na China. Na Coreia do Sul, o Kospi subiu 0,26%; em Taiwan, o Taiex teve baixa de 0,63%. O índice referência da região, MSCI Asia Pacific terminou o dia com alta de 0,8%, o maior das últimas duas semanas.

Sem perder de vista o quadro de acirramento das tensões comerciais entre as duas maiores economias do globo, as bolsas europeias operam em alta. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em alta de 0,12%, no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,21%; em Paris, o CAC450 tem ganho de 0,35%; em Frankfurt, o DAX avança 0,34%. As moedas locais pendem para baixo em relação ao dólar. A libra é cotada a US$ 1,3125, com queda de 0,24%; o euro é negociado a US$ 1,1675, caindo 0,08%.

Nos EUA, as bolsas de ações devem ter uma abertura positiva, a se depreender da sinalização dada pelos índices futuros de ações da bolsa de Nova York. O futuro do Dow Jones opera com alta de 0,21%; do S&P 500 avança 0,19%; Nasdaq sobe 0,27%, nesta manhã. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos tem alta para 2,995% de 2,993% visto no final da tarde de ontem. O dólar mostra-se relativamente estável frente às moedas fortes, mas sobe frente às emergentes, principalmente, ante a lira turca e à moeda da África do Sul.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 69,74/barril, com alta de 1,20%, no momento, com investidores minimizando os efeitos imediatos das medidas protecionistas adotadas pelo governo americano contra a economia chinesa.

Os ativos domésticos devem acompanhar a tendência ditada pelos mercados externos, colocando em segundo plano a escalada protecionista americana, podendo abrir os negócios com Bovespa em alta e dólar em baixa. No entanto, notícias sobre a corrida eleitoral poderão dar cores locais para o comportamento dos ativos brasileiros nesta terça-feira. A FGV deve divulgar a 2ª prévia do IGP-M de setembro, que deve mostrar alta de 1,11%, segundo o consenso do mercado. Nesta manhã, a Fipe divulgou a 2ª quadrissemana do IPC-Fipe de setembro que mostrou variação de 0,30%, recuando ante a alta de 0,40% da prévia anterior.

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