Hoje na Economia 18/10/2013

Edição 896

18/10/2013

Mercados hoje operam em alta devido à confirmação de que a atividade econômica chinesa cresceu mais no 3º trimestre, interrompendo o processo de desaceleração que estava sendo verificado desde o começo do ano. A produção industrial chinesa expandiu 10,2% A/A, igual às expectativas, enquanto o PIB chinês avançou 2,2% T/T e 7,8% A/A, contra expectativas de 2,1% A/A e 7,8% A/A. As vendas no varejo também ficaram em linha com as expectativas (13,3% A/A). Mercados financeiros também ficam otimistas com provável resposta do Fed à questão fiscal americana, cuja solução foi apenas temporária e pode resultar em novo impasse no começo do ano que vem. Dessa forma, muitos esperam que a redução dos estímulos monetários seja novamente adiada.

As bolsas da Ásia subiram com esses dados chineses, com o índice MSCI Ásia Pacífico avançando 0,6%. A bolsa de Xangai, na China, teve alta de 0,24%, enquanto o índice Nikkei225, do Japão, teve queda de 0,17%. O iene segue se apreciando diante do dólar, 0,10% e cotado a ¥/US$ 97,81.

Na Europa, as bolsas operam em alta. O índice de ações pan-europeu STOXX600 está subindo 0,47%, e o CAC40 de Paris e o DAX30 de Frankfurt têm altas de 0,51% e 0,21%, respectivamente. Em Londres, o índice FTSE100 sobe 0,42% no momento. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,04%, cotado a US$/€ 1,3681.

Nos EUA, hoje diversos membros do FOMC farão discursos (Lacker, Tarullo, Evans, Stein e Dudley, com destaque para o último, que é o único que vota atualmente). Os índices futuros abriram em alta pela manhã, com o S&P500 subindo 0,14% e o Dow Jones 0,12%. O índice DXY, que mede o valor do dólar contra as principais moedas, está com queda de 0,05%. As taxas de juros seguem em queda hoje, com os juros de 10 anos estando em 2,569% a.a..

Os preços de commodities hoje estão em alta hoje, reagindo tanto à expectativa da resposta do FOMC quanto aos dados chineses. O índice UBS/Bloomberg sobe 0,85%, com alta em metálicos e agrícolas. O preço do petróleo tipo WTI sobe 0,87%, com o barril valendo US$ 101,49.

No Brasil, já saiu o IGP-M 2º decêndio, que mostrou inflação mais alta que o esperado (0,91% contra 0,84%). Hoje também será divulgado o IPCA-15 de outubro, para o qual é esperado variação de 0,41% M/M. A curva futura de juros responderá a esses dados de inflação, sendo provável que siga subindo nos vencimentos curtos e com a inclinação caindo. A bolsa deve ter alta hoje, reagindo aos dados chineses e à expectativa com o FOMC, enquanto o real também deve se aproveitar desses fatores para se valorizar diante do dólar.

Superintendência de Economia
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