Hoje na Economia 18/10/2018

Hoje na Economia 18/10/2018

Edição 2120

18/10/2018

A possibilidade de o Fed intensificar o aperto monetário, aumentando o número de altas dos juros básicos ao longo dos próximos meses, conforme ficou implícito nos comentários da ata do Fed divulgada ontem, derruba a maioria dos mercados internacionais, nesta quinta-feira.

O tom mais hawkish dos membros do Fed pesou sobre as bolsas americanas na segunda parte do pregão de ontem, contaminando os mercados asiáticos que fecharam em baixa nesta quinta-feira. As bolsas chinesas tiveram perdas particularmente pronunciadas e voltaram a renovar as mínimas em quatro anos. O Xangai Composto caiu 2,94% na sessão de hoje. Em Tóquio, a desvalorização foi mais contida e o índice Nikkei cedeu 0,80%, influenciado pelo fraco desempenho de ações de energia e do setor de automação de fábricas. O dólar é negociado a 112,51 ienes, com leve recuo diante de 112,54 ienes de ontem à tarde. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve perda marginal de 0,03%; o sul-coreano Kospi caiu 0,89% em Seul; em Taiwan, o Taiex registrou queda de 0,25%. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, perdeu 0,6% no pregão desta quinta-feira.

O juro pago pelo T-Note de 10 anos voltou para o maior patamar dos últimos sete dias, situando-se em 3,2108% nesta manhã, contra 3,191% de ontem à tarde. O dólar se valorizou frente às principais moedas ao longo da madrugada, mostrando-se relativamente estável no momento. O mau humor que prevaleceu na Ásia contaminou os futuros de ações da bolsa de Nova York, que operam no vermelho nesta manhã: o índice futuro do Dow Jones opera em baixa de 0,32%; do S&P 500 cai 0,27%; o Nasdaq recua 0,45%.

Na Europa, investidores preferiram olhar os bons resultados corporativos mostrados pelos balanços, deixando de lado o tom conservador da ata do Fed. No momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com discreta alta (+0,13%), no que é acompanhado pelas principais bolsas da região: Londres sobe 0,12%; Paris tem alta de 0,09%; Frankfurt avança 0,22%. O euro sobe para US$ 1,1520, de US$ 1,1508 de ontem à tarde. A libra é cotada a US$ 1,3128 no momento, após ter iniciado a sessão desta manhã com o valor de US$ 1,3114.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, nesta manhã, refletindo ainda os efeitos do relatório do Departamento de Energia (DoE), que mostrou aumento inesperado nos estoques americanos de petróleo e derivados na semana passada. O petróleo WTI para dezembro caía 0,90% nesta manhã, a US$ 69,13 por barril.

Com as pesquisas eleitorais confirmando o amplo favoritismo do candidato Jair Bolsonaro na corrida presidencial, investidores mostram-se mais confiantes, o que se traduz em ingresso crescente de fluxo estrangeiro, dando sustentação a Bovespa e levando o valor do dólar para baixo de R$ 3,70/US$. Por ora, esse cenário tende a se consolidar, à medida que as pesquisas continuem confirmando o favoritismo do candidato conservador.

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