Hoje na Economia – 18/10/2021

Hoje na Economia – 18/10/2021

Os principais mercados internacionais iniciam os negócios, nesta segunda-feira, operando em baixa, diante de um ambiente pouco propício ao risco. Pesam sobre o sentimento do investidor os fracos dados de atividade divulgados na China, confirmando o quadro de enfraquecimento da segunda maior economia do mundo. Os altos preços do petróleo, alimentando as preocupações com a inflação e reforçando as apostas em ajuste monetário por parte dos principais bancos centrais também exercem o seu papel na definição das expectativas dos investidores.

Na Ásia, a maioria das bolsas locais fechou em baixa. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, caiu 0,4%, puxado por ações da área de comunicação e do setor de saúde. A China divulgou números de crescimento mais fracos do que se esperava, realimentando temores sobre o grau de recuperação global. O PIB da China cresceu 4,9% em termos anuais no 3º trimestre, menor do que o avanço de 5,1% esperado por analistas e mostrando forte desaceleração em relação à expansão de 7,9% no segundo trimestre. Os números sobre a produção industrial também decepcionaram, enquanto as vendas do comércio mostraram desempenho melhor do que o projetado pelos analistas. O índice chinês Xangai Composto fechou em queda marginal de 0,12%, no pregão de hoje. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,15% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi desvalorizou 0,28%. Em Taiwan, o Taiex teve perda de 0,45%. Em Hong Kong, o Hang Seng terminou o dia com alta de 0,31%.

Na Europa, as preocupações com o ritmo de recuperação da economia global aumentaram após os fracos dados de atividade divulgados na China. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,38%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 recua 0,24%; o CAC40 cai 0,74% em Paris; o DAX desvaloriza 0,49% em Frankfurt.

Os bonds de vários países operam em alta, alimentada pelos temores diante da persistência inflacionária, exacerbada por novas altas nos preços do petróleo, como resultado da crise energética. Na Inglaterra, o dirigente do banco central inglês reforçou a possibilidade de elevação iminente da taxa de juro local. Apostas na redução dos estímulos monetários também aumentaram nos EUA, Austrália e Nova Zelândia, onde a inflação acelerou no ritmo mais rápido dos últimos dez anos. O juro do T-Bond de 10 anos subiu 3 pontos base para 1,60%, nesta manhã. O índice DXY do dólar registra alta de 0,20%, no momento, situando-se em 94,12 pontos. O euro é negociado a US$ 1,1584/€, depreciando 0,15%; a libra é cotada a US$ 1,3730/£, perdendo 0,15%; o iene japonês vale ¥ 114,37/US$, desvalorizando 0,13%. No mercado futuro de ações, o Dow Jones recua 0,26%; S&P 500 cai 0,30%; Nasdaq perde 0,36%. Na agenda, o investidor acompanhará a divulgação da produção industrial de setembro, bem como as manifestações de alguns dirigentes do Fed.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta nesta manhã, ingressando na oitava semana de ganhos, em meio à expectativa de demanda robusta pela commodity. O contrato futuro de petróleo tipo WTI, para dezembro, é negociado a US$ 83,06/barril, valorizando 0,93%, nesta manhã.

No âmbito interno, em uma semana esvaziada de indicadores, as incertezas com relação à situação fiscal continuam pesando sobre os ativos brasileiros. O foco estará no Congresso. Na Câmara deverá ser votada a PEC dos precatórios, enquanto no Senado prosseguem as discussões em torno da reforma do Imposto de Renda, ambos relevantes para abrir espaço no Orçamento ao novo Bolsa Família. O Ibovespa deve abrir em baixa, seguindo a tendência de queda observada nos mercados internacionais. Nos mercados de câmbio e juros, o espaço para alguma melhora é limitada pelo ambiente externo mais adverso e pelas dificuldades de se encontrar uma solução para as questões fiscais domésticas.

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