Hoje na Economia 18/11/2013

Hoje na Economia 18/11/2013

Edição 915

18/11/2013

Mercados abrem a semana mantendo o quadro de elevada volatilidade, fomentada pelas incertezas acerca da política monetária norte-americana. Com os investidores ainda pouco confiantes nas intenções do Fed em torno do timing mais apropriado para início da redução dos estímulos, qualquer sinal de atividade ou declaração de membros do Fomc provoca forte volatilidade nos preços.

O dólar se enfraquece frente às principais moedas nesta manhã (dólar index recua 0,20% no momento), ao mesmo tempo em que os índices futuros do S&P e D&J operam em baixa de 0,12% e 0,06%, respectivamente. O juro pago pela Treasury de 10 anos flutua ao redor de 2,7% ao ano. Esse comportamento reflete a expectativa de que as declarações a serem proferidas por três integrantes do Fed no dia de hoje (William Dudley; Charles Plosser e N. Kocherlakota) ecoariam as palavras ditas por Janet Yellen na quinta-feira passada, onde reafirmou sua visão de que a economia americana ainda não pode prescindir dos estímulos monetários.

Na Europa, o euro se fortaleceu frente ao dólar sendo cotado a US$ 1,3516 nesta manhã, contra US$ 1,3496 no final da tarde de sexta-feira. No mercado de ações, o índice pan-europeu STOXX600 registra perda de 0,18%, enquanto Londres perde 0,25%, Paris -0,24% e Frankfurt -0,16%.

Na Ásia, os mercados fecharam sem uma direção clara, mas o índice MSCI Asia Pacific apurou ganho de 1,0%. Destaque para a bolsa da China, onde o governo local anunciou detalhes das reformas estruturais que pretende implementar nos próximos anos. Maior liberdade ao capital privado estrangeiro, reforma fundiária e liberalização da organização familiar podem levar a economia chinesa a novo ciclo de crescimento. O índice Xangai Composto fechou o pregão com alta de 2,87%, enquanto, em Hong Kong, o índice Hang Seng apurou valorização de 2,73%. No Japão, após um pregão em alta, o enfraquecimento do dólar no final do dia levou a movimento de realização de lucros, fazendo com que o Nikkei devolvesse boa parte do ganho, fechando praticamente estável. O dólar, que chegou a ser negociado a 100,18 ienes no início do pregão, recuou para 99,84 ienes ao longo do dia.

No mercado de petróleo, anúncio de recorde na exportação do produto pela Arábia Saudita derruba o preço nos mercados. O tipo WTI é negociado a US$ 93,50/barril, com queda de 0,36% no momento. Demais commodities também operam em baixa: metais: -0,24%; agrícolas -0,08%; metais preciosos -0,28%.

As reformas anunciadas na China e os novos recordes de alta registrados pelas bolsas de Nova York no feriado de sexta-feira devem contribuir para um dia de ganhos para a Bovespa, quando ocorre o vencimento de opções. Espera-se por uma taxa de câmbio menos pressionada, em decorrência da fraqueza que a moeda americana apresenta nos mercados internacionais nesta manhã. No mercado de DIs, os juros futuros corrigiram as altas recentes após os dados mais fracos de atividade econômica divulgados na semana passada. A curva deve se manter instável, de olho no comportamento do câmbio e na divulgação do IPCA-15 de novembro amanhã.

Superintendência de Economia
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